O Ministério Público do Distrito Federal (MP-DF) informou que um procedimento para apuração da prática homofóbica será instaurado após a divulgação de áudios nas redes sociais, atribuídos a um coronel da reserva do DF, condenando beijos entre policiais gays.
A polêmica começou na solenidade de formatura dos novos soldados, no último sábado (11). Fotos publicadas em redes sociais mostram alguns formandos em demonstrações de afeto com seus parceiros de mesmo sexo.
Depois, em grupos da corporação, surgiram áudios criticando os beijos, caracterizados por um coronel da reserva como “avacalhação”. “Aquela postura poderia ter sido evitada”, completou.
O áudio também segue com as afirmações de que gays “não se criam” na PMDF e que a corporação foi “irreversivelmente maculada”.
“Não tenho nada a ver com a sexualidade deles. A porção terminal do intestino é deles e eles fazem o que quiserem. Uma coisa é o que se faz quando se está fardado […]. Aprendemos sempre que se deve preservar a honra e o pundonor policial militar. Então é isso que foi quebrado ali. Aquela avacalhação, aquela frescura ali poderia ter sido evitada. É lamentável”, diz a gravação.
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF pediu à PM que investigue os comentários. Os envolvidos estão proibidos pela corporação de dar qualquer declaração a respeito do tema. Conforme a Polícia Militar do DF, “os áudios atribuídos a um coronel da reserva remunerada manifestam uma opinião pessoal e serão analisados pela corporação”. A corporação afirmou que “não coaduna ou apregoa quaisquer tipos de preconceito”.
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