Muita gente não lembra, mas Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não só trabalhava nas redes sociais do pai como também é vereador no Rio de Janeiro. Mais do que isso, o Ministério Público apontou esquema de rachadinha feito pelo parlamentar após seu chefe de gabinete receber mais de R$ 2 milhões em depósitos provenientes das contas de seis servidores.
Foram contabilizados exatos R$ 2,014 milhões e essa movimentação financeira se tornou a prova mais robusta na investigação sobre suspeita de rachadinha no gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara do Rio. Quem confirmou e divulgou primeiro foi o jornal O Globo, dando o nome do chefe do gabinete de Carlos desde 2018, Jorge Luiz Fernandes.
De acordo com O Globo, os dados foram obtidos pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e, além dos mais de R$ 2 milhões, Fernandes usou contas pessoais para pagar despesas de Carlos, o que já é suficiente para imputar crime de peculato. A próxima etapa da investigação é analisar se os pagamentos foram eventuais ou regulares.
São 27 pessoas e cinco empresas ligadas a Carlos que são investigadas por suposto esquema de rachadinha. Foram ao menos seis servidores que, entre 2009 e 2018, fizeram 613 lançamentos para chegar aos R$ 2 milhões. O gabinete do vereador Carlos Bolsonaro, nem o próprio, ainda não se pronunciaram sobre a acusação.
Vale lembrar que em 2022 o aposentado da Marinha Mercante Wladir Ferraz, ex-assessor e grande amigo do presidente Jair Bolsonaro (PL), desde quando o chefe do Executivo federal ainda era vereador pelo Rio de Janeiro, afirmou que as “rachadinhas” da família Bolsonaro são “comuns”. De acordo com Jacaré, como Wladir é conhecido, as ações corruptas aconteceram nos gabinetes do então deputado Jair Bolsonaro, do senador Flávio Bolsonaro, ainda na Assembleia do Rio, além claro, no de Carlos, na Câmara Municipal.
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