24 de novembro de 2024
Política

MP apura finalidade de reunião com Cachoeira sobre reforma do Mutirama

O promotor de Justiça Fernando Krebs instaurou inquérito civil público para apurar possível ato de improbidade administrativa que pode ter sido cometida pelo chefe de gabinete do prefeito de Goiânia, Cairo de Freitas, ao participar de reunião com Carlinhos Cachoeira, o presidente da Câmara de Vereadores, Wladimir Garcês, e vereadores.

O encontro, conforme divulgado em jornais locais, teria acontecido em setembro do ano passado, e teria como tema a reforma do Parque Mutirama. Ainda de acordo com a publicação, a pedido de Cairo, Cachoeira teria solicitado aos vereadores que fazem oposição ao prefeito Paulo Garcia que suavizassem suas críticas sobre a obra.

 

Foi divulgado também resposta da Prefeitura informando que a reunião era uma tentativa de discutir o tema com os parlamentares, já que o acirramento poderia prejudicar o andamento das intervenções do Mutirama.

 

O promotor lembra que tanto Cachoeira quanto Garcêz são investigados pela Polícia Federal por, supostamente, integrarem esquema que envolve exploração de jogos ilícitos, corrupção de agentes públicos e fraudes em licitações em todo o Estado, estando ambos presos preventivamente.

 

Krebs informa que Cairo de Freitas é réu em outras 12 ações movidas pelo Ministério Público, sendo seis delas na Justiça Federal e outras seis na Justiça Estadual, todas envolvendo fraude na compra de medicamentos quando era secretário estadual de Saúde.

 

“Parece, no mínimo, atípica uma reunião em que um representante direto do chefe do Executivo e membros do Legislativo admitem a participação de duas pessoas que, aparentemente, não possuem ligação com a administração pública municipal ou com as obras de reforma do parque, sendo ambas investigadas por suposto envolvimento em um dos maiores escândalos já vistos”, declarou Krebs, ao instaurar o procedimento. “Se os fatos narrados se confirmarem, em tese, estaremos diante da prática de atos de improbidade administrativa”, finaliza o promotor. (Ministério Público de Goiás)


Leia mais sobre: Política