Na noite desta quinta-feira (17), no CT Edmo Edmundo Pinheiro, sócios e conselheiros do Goiás Esporte Clube, estiveram reunidos. Em pauta a possível formação de uma chapa para disputa da eleição para presidência executiva, hoje comandada por Paulo Rogério Pinheiro, que terá seu mandato encerrado no final de 2023.
Outro assuntos também foram tratados na reunião conduzida pelo ex-presidente esmeraldino, Sérgio Rassi e o grupo ‘Somos Todos Goiás’. Entre eles uma maior valorização e representatividade para os sócios proprietários do clube – que são cerca de 730 no total – que precisam pagar mensalmente uma taxa no valor de R$ 300 reais. O cenário aponta para uma inadimplência superior a 40%.
Sérgio Rassi considerou o encontro como “positivo” e “acima da expectativa” imaginada pelo grupo. A primeira ação do movimento, de acordo com o médico, é a busca por mais direitos aos sócios: “Direito a voto e readimplência efetiva por meio de facilitação da quitação de débitos, além da urgente modernização, transparência e profissionalização de gestão. Todos esses assuntos serão mais debatidos e serão incansavelmente reivindicados”.
Eleição
De acordo com o estatuto do Goiás, a escolha do presidente executivo é feita através de uma votação dentro do quadro de conselheiros do clube. Para o registro de uma chapa é necessária a assinatura de 50 conselheiros adimplentes.
O movimento Goiás para Todos defende a participação dos sócios proprietários na votação, algo que no momento não é permitido pelo estatuto do clube esmeraldino.
A situação ainda não apresentou um nome para eleição do executivo no final do ano. Porém uma mudança no estatuto vem sendo cogitada e o clube pode passar a ser liderado por um CEO, que seria remunerado, algo que não acontece hoje com o presidente do Goiás. A escolha desse profissional seria feito por uma comissão criada pelo conselho deliberativo.
Manifesto
Um texto foi compartilhado pelo grupo ‘Goiás para todos’, onde traz as principais pautas do movimento e destaca a importância da profissionalização na gestão da agremiação:
O Goiás Esporte Clube precisa, urgentemente, chegar ao Século XXI. Isto implica em grandes transformações no Clube: a profissionalização da gestão, a modernização das instalações, a sua estrutura política, com a salutar possibilidade alternância de poder, e o consequente e tão desejado protagonismo dentro de campo, com resultados esportivos que sejam compatíveis com o patrimônio da instituição.
Acreditamos que todos os verdadeiros torcedores do Goiás, incluindo seus sócios proprietários, estamos todos insatisfeitos com o cenário diretivo do Goiás, já de longa data. Onde prevalece, até os dias atuais, uma política “familiocrata”, por vezes marcada por prepotência e arrogância, com eleições e condução a cargos administrativos baseados no sistema de “ação entre amigos”.
O momento conturbado que o Goiás Esporte Clube experimenta, dentro e fora de campo, não é um fenômeno recente, mas vem desde a década passada e coincide com os problemas de saúde do seu grande líder até então, Hailé Pinheiro, que provocou o seu gradual distanciamento da gestão do clube e ao mesmo tempo trouxe para a cena novos personagens que efetivamente não tinham e não tem o seu carisma, a sua liderança e o seu idealismo. Hoje o Goiás padece de liderança e de coesão.
Ressalta-se a importância histórica da família Pinheiro, marcadamente pelos irmãos Edmo e Haile, que muito contribuíram com o Goiás e esmeraram-se em construir um Clube de alicerce forte e grandioso em seu patrimônio. Contudo, isso faz parte da história memorável que ambos realizaram e não se pode transferir eternamente seus legados a seus herdeiros, como se fosse um processo sucessório familiar.
Outros grandes clubes no país passaram por essa transição de gestão familiar para outro modelo, moderno e pautada na meritocracia. Deixando sempre bem claro não haver qualquer animosidade com quem quer que seja, permitindo, inclusive, que qualquer membro da atual gestão, possam participar do movimento evolucionário que defendemos.
Percebam que não estamos reduzindo isto a uma disputa situação versus oposição. Até porque, antes de pensar em candidaturas às eleições, sejam elas para a Diretoria Executiva ou para o Conselho Deliberativo, os Sócios do Goiás precisam trabalhar para que sejam restituídas as condições necessárias para que estas eleições sejam democráticas, transparentes e que permitam uma maior participação de seus sócios, para que sejam a fiel expressão do desejo da maioria e não apenas de uma minoria instalada no Conselho.
Pensando desta maneira, um grupo de sócios proprietários estão engajados em criar projetos de transformação do Goiás Esporte Clube, pensando que o Clube precisa resgatar alguns valores e princípios que vêm se deteriorando na instituição, ano a ano; quais sejam:
- Profissionalismo
- Transparência na Gestão
- Ética e Respeito nas Relações
- Visão de Futuro
- Planejamento Estratégico de Médio e Longo Prazo
- Metas ambiciosas
- Resultados Esportivos
- Liderança Responsável
A primeira grande pauta que estamos tratando é exatamente o resgate do direito ao voto para todos os sócios adimplentes. Para que isto seja possível, estamos na missão de reunir o maior número possível de sócios que comunguem deste pensamento, para alinharem conosco nessa missão.
Reforçando, somos um grupo que tem por objetivo: repensar os modelos atuais de gestão, projetar um futuro diferente, resgatar a dignidade e a paixão dos torcedores e retomar o caminho de conquistas. Acreditamos num GOIÁS ESPORTE CLUBE moderno, mas que, ao mesmo tempo, nos recoloque nos trilhos do sucesso que já experimentamos lá no passado.
Somos todos GOIÁS ESPORTE CLUBE. NADA PODE ABALAR tudo o que sentimos, queremos e podemos fazer pelo GOIÁS ESPORTE CLUBE!
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