07 de agosto de 2024
Mistério solucionado

Móveis do Palácio da Alvorada supostamente levados por Bolsonaro são encontrados; entenda

A finalização do levantamento do patrimônio do Alvorada constatou que os bens não foram extraviados por Bolsonaro, como sugerido por Lula na época do sumiço
O Palácio da Alvorada é a residência oficial do presidente da República. Foto: Reprodução
O Palácio da Alvorada é a residência oficial do presidente da República. Foto: Reprodução

Após a finalização do levantamento do patrimônio do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, concluído no final do ano passado, foi constatado que os 261 bens desaparecidos durante a transição dos governos Bolsonaro e Lula não foram extraviados. O suposto sumiço dos móveis do Alvorada motivou uma troca de farpas entre os casais presidenciais Lula da Silva e Bolsonaro durante a transição de governo.

À época, Lula e Janja chegaram a abrir a portas da residência para a imprensa, seis dias após a posse do presidente, e mostraram a situação do imóvel, com infiltrações no teto e paredes, mobília danificada e móveis faltando. Por conta da ausência dos bens do patrimônio, o casal presidencial foi autorizado a adquirir bens novos, que ao todo, custaram R$ 196.770, de acordo com apuração da Folha de S.Paulo.

Conforme a Folha, a Presidência da República alegou que a compra dos novos imóveis por Lula e Janja foram necessários diante do estado de manutenção em que a mobília foi deixada pelos moradores anteriores. “Em janeiro deste ano (2023), a curadoria das residências oficiais identificou que 261 móveis do Alvorada estavam desaparecidos. Após três meses de procura, 83 móveis ainda não foram encontrados. A ausência de móveis e o péssimo estado de manutenção encontrado na mobília do Alvorada exigiram a aquisição de alguns itens”, informou a Presidência.

Questionados pela Folha sobre a compra dos móveis novos não ter sido precipitada, considerando que não foram extraviados, a Presidência argumentou que todos os motivos e justificativas para a aquisição dos bens foram expressos nos canais oficiais, com suas respectivas fundamentações legais. Além disso, a Predisência justificou também que “os bens adquiridos passaram a integrar o patrimônio da União e serão utilizados pelos futuros chefes de Estado que lá residirem”.

O desfecho do mistério

A Comissão de Inventário Anual da Presidência da República apontou, preliminarmente, durante o levantamento do patrimônio do Palácio da Alvorada no final de 2022, que 261 bens citados não haviam sido localizados. Uma nova conferência, realizada em janeiro de 2023, já na gestão Lula, apontou que, na verdade, eram 83 bens desaparecidos.

Já em setembro de 2023, com os trabalhos finalizados, foi constatado que todos os bens foram localizados e nenhum móvel ou obra pertencentes ao Palácio da Alvorada haviam sido levados pela família Bolsonaro. Com a polêmica do sumiço dos móveis, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro chegou a declarar em sua rede social que os móveis estavam em um depósito da Presidência, desde 2019, quando o casal decidiu utilizar de mobília pessoal.

Ainda conforme a Folha de S.Paulo, na lista dos 261 itens desaparecidos constavam: seis camas no total, cinco sofás, 21 poltronas, 28 cadeiras, 28 mesas, fogões, lavadoras de roupa, armários, luminárias, balcões, aparelhos de ar-condicionado, botijão de gás, uma pinha de cristal, uma cigarreira de prata, tapetes persas, obras de arte e dezenas de livros.


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