Provavelmente sob surto psicótico, o motorista que invadiu com um carro o interior do Flamboyant Shopping Center na noite de segunda-feira (21), em Goiânia, percorreu cerca de 200 metros pelo saguão do segundo andar, entre lojas, quiosques e muitos frequentadores. A hipótese do surto psicótico foi apontada pelo delegado que investiga o caso, Rilmo Braga, e por familiares.
Segundo ele, o motorista, identificado como Gilberto Ribeiro Gonçalves, 51, um cozinheiro que está desempregado, foi submetido a exame de alcoolemia com o uso de bafômetro que apontou que ele não havia consumido bebida alcoólica. O homem apresentava fala desconexa e tremores.
Imagens mostram que ele entra em alta velocidade e percorre o corredor que tem abaixo uma área de lazer que estava cheia de crianças. Pessoas correm do carro e outras atrás dele, entre elas um policial militar que estava de folga e percebeu o risco. Dezenas de frequentadores surgem de todos os lados com celulares nas mãos, registrando o caos e a prisão do motorista pelo PM e os seguranças do shopping. Felizmente ninguém se feriu.
Francisco José Gonçalves, pai de Gilberto, afirmou em entrevista à Tv Anhanguera que o filho faz tratamento psiquiátrico, mas não estava tomando os remédios que deveria usar.
De qualquer forma, além de solicitar avaliação de sanidade mental, a Polícia vai investigar porque o motorista levava duas facas de grande porte no carro. Ele não portava arma de fogo, como chegou a circular na hora.
O delegado disse ainda que vai estudar se houve crime de tentativa de homicídio porque o motorista teria tentado atropelar um policial de folga que buscava impedi-lo.
Braga investiga os crimes de oferecer perigo à vida, dano qualificado ao patrimônio com violência à pessoa ou grave ameaça, segundo o Código Penal. Isso porque pessoas precisaram correr para evitar o atropelamento. Além disso, o condutor também é suspeito direção perigosa por trafegar em velocidade incompatível com a segurança próximo de onde haja grande movimentação de pessoas, previsto no Código de Trânsito.
A assessoria do Flamboyant Shopping informou que, após o ocorrido, o funcionamento continua normal, sem interdição.
A Polícia Científica reclamou que a área não tivesse ficado isolada para preservar a cena e os danos ocorridos.
A defesa de Gilberto informou à Tv que o motorista tem depressão e ansiedade e faz uso de medicação controlada por conta de transtorno psiquiátrico. Também informou que o motorista não se lembra do que aconteceu e que a família lamentava o acidente.
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