O motorista do carro esportivo Porsche, que estava em alta velocidade e matou o motorista de aplicativo em São Paulo se entregou à Polícia e foi preso nesta segunda-feira (6). O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, era considerado foragido da Justiça desde sábado (4), quando sua prisão foi decretada.
O empresário foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por homicídio doloso qualificado – quando há intenção de matar – lesão corporal e fuga do local do acidente. Na ocasião, Fernando dirigia o carro esportivo de luxo a mais de 150 km/h quando bateu na traseira do carro do motorista de aplicativo, que estava a 40km/h. A via na qual trafegavam possuía limite de velocidade de 50 km/h.
Relembre o caso
O acidente aconteceu no dia 31 de março, na Avenida Salim Farah Maluf, na zona leste de São Paulo. Com a colisão, o motorista do carro atingido, Ornaldo Silva Viana, de 52 anos, morreu no local. Outro jovem, Marcus Vinicius Rocha, de 22 anos, que estava na Porsche com Fernando, sofreu ferimentos, teve o baço retirado e chegou a ser internado na UTI.
De acordo com investigações, Fernando não realizou o teste do bafômetro, mas testemunhas afirmaram que estava visivelmente embriagado. Após o acidente, quando as vítimas ainda estavam sendo socorridas, o empresário saiu da cena do crime acompanhado da mãe, alegando que iriam até o hospital, mas não deram entrada em nenhuma unidade de saúde.
O desembargador João Augusto Garcia, da 5ª Câmara de Direito Criminal determinou prisão de Fernando sob o argumento de risco de reiteração de condutas, o que representaria risco à sociedade. Até então, a Justiça havia negado três pedidos de prisão contra o empresário, mas o Ministério Público recorreu. A defesa entrou com pedido de habeas corpus para que ele espere o julgamento em liberdade.
Em entrevista ao Fantástico, no último domingo (7), Fernando pediu desculpas a família da vítima. “Imaginei como se fosse com o meu pai, não tem nada que eu possa fazer ou falar que vá trazer ele de volta. A única coisa seria um pedido de desculpas sinceros, do coração”, disse. O empresário ainda negou que tenha fugido da cena do crime e alegou que foi até em casa para buscar a carteirinha do convênio médio e, após um descontrole emocional, tomou um remédio e dormiu. O julgamento do pedido de liberdade acontecerá nesta terça (7), às 14h.
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