A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) conseguiu a prorrogação do prazo para semeadura de soja em Goiás. O Ministério da Agricultura e Agropecuária permitiu que o plantio, previsto para terminar em 2 janeiro, fosse estendido até dia 12, de modo a minimizar impactos econômicos devido a estiagem prolongada deste ano.
A solicitação foi motivada pelos impactos causados pelo El Niño. O fenômeno climático ocasionou irregularidades nas chuvas e elevadas temperaturas que prejudicaram o setor agrícola no segundo semestre de 2023. A pedido do setor produtivo, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) encaminhou a solicitação para extensão do prazo de plantio da soja.
Impactos climáticos
De acordo com o diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, Augusto Amaral, a solicitação de prorrogação do planio de soja também foi atendida para mais quatro estados do país. “Além de Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí e Tocantins tiveram seus pleitos atendidos. Isso vai contribuir para fortalecer o oferecimento de grãos desta safra, minimizando os efeitos nocivos do plantio tardio,” afirma o diretor.
Conforme o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), alguns municípios goianos receberam um volume de chuva 40% menor em 2023, quando comparado a 2022. A maior parte da área que ainda necessita ser semeada está localizada no Norte do estado, onde o Cimehgo fez previsões de pouco volume de chuva nos próximos dias.
A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que Goiás produza 17,04 milhões de toneladas de soja na safra 2023/2024. Até 16 de dezembro deste ano, 97% de toda a área goiana prevista para a produção de soja havia sido semeada.
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