24 de dezembro de 2024
Política • atualizado em 12/02/2020 às 23:40

Morte de mulheres repercute em reabertura dos trabalhos na Assembleia

A morte de ao menos 45 mulheres em Goiânia desde o início do ano – 12 delas em condições ainda não esclarecidas – foi o principal assunto debatido pelos deputados estaduais na reabertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (5).

A deputada estadual Isaura Lemos (PCdoB), uma das representantes femininas na Casa, cobrou providências da Secretaria de Segurança Pública em relação aos crimes que, para ela, estão causando “comoção em toda a cidade”.

A parlamentar ainda convidou os colegas a participar de um cortejo no próximo sábado, às 16h, em homenagem às vítimas e considerou que a vinda de policiais civis para formar um força-tarefa ocorre tardiamente. “O Governo demorou demais para tomar providências”, criticou.

Já o deputado Major Araújo (PRB), que é policial militar, criticou o que considera “maior crise da Segurança Pública da história de Goiás“. Ele disse que muitos policiais militares deixam de se dedicar ao trabalho por falta de incentivos, e também cobrou do Governo providências contra o assassinato de mulheres que vem ocorrendo em Goiânia.

“A Secretaria de Segurança Pública não vem a público dizer se o calibre (de armas) que matou as mulheres é o mesmo. As mulheres estão com medo de sair às ruas”, afirmou.

Resposta

O deputado estadual Túlio Isac (PSDB), que integra a base do governo na Assembleia, também ocupou a Tribuna da Casa para se posicionar e considerou que os problemas de Segurança Pública não são exclusivos de Goiás.

“O governador tem feito de tudo para solucionar os problemas do Estado. É uma onda de violência que tem ocorrido em todo o País e não apenas em Goiás”, disse. Túlio definiu que as leis do país são frouxas para os bandidos e que, atualmente, os policiais trabalham “com medo e desamparados pelas leis vigentes”.


Leia mais sobre: Política