A notícia da morte de Maguito Vilela (MDB-GO) foi recebida com tristeza pelo jornalista esportivo e narrador Galvão Bueno. Amigo do político, o também comentarista foi a uma rede social falar sobre a “pancada” que recebeu ao receber do óbito. “Hoje eu perdi uma pessoa muito querida”, iniciou sua fala em uma série de stories no Instagram publicados nesta quarta-feira (13/01).
Galvão destacou as origens futebolísticas de Maguito e disse que apesar de não ter amigos na política, o prefeito de Goiânia era um deles. “Essa terrível pandemia nos dá uma pancada a cada dia. Hoje eu perdi uma pessoa muito querida. Não costumo ter amigos políticos… Amigos de verdade… Maguito Vilela foi uma rara exceção. Ele veio do mundo do futebol. Foi centroavante em Jataí, Goiás antes da carreira política e do futebol ele trouxe os ensinamentos básicos do esporte: ser competitivo, ter lealdade, lutar pelas vitórias mas entender que algumas derrotas são inevitáveis”, pontuou.
Bueno rememorou momentos de descontração que viveu junto com o ex-governador do Estado. “Maguito sempre foi um cara do bem. Vou me lembrar sempre com muitas saudades mas também com alegria das peladas, dos rachões que jogávamos juntos em Goiânia quando ele jogando com a 9 me dava honra de jogar ao lado dele no ataque”.
Galvão também destacou que aprendeu a comer ambrosia na sobremesa dos jantares com Maguito Vilela. Ele também destacou que essas ocasições eram marcadas com clima de descontração. “Ou dos jantares, muitos, que tivemos, só os dois. Onde a política não entrava no cardápio. Falávamos de vida, de família, de amigos. Jantares que sempre terminavam numa deliciosa ambrosia, um doce de leite que ele tanto adorava e me ensinou também a gostar. Maguito, que você tenha muita luz nessa sua nova jornada.”
Vilela havia recebido o diagnóstico com a contaminação do novo coronavírus no último dia 20 de outubro e logo no dia 22 deu encaminhamento à internação no Hospital Orión em Goiânia. Na época, a ideia era que o político fosse observado “por precaução”. No dia 27 de outubro, ele foi encaminhado para a UTI do Albert Einstein, em São Paulo e de não saiu mais do hospital.
No dia 2 de dezembro, os médicos constataram que Maguito não estava mais com a presença do vírus no organismo e três dias depois, os médicos decidiram retirar a ECMO do tratamento do então prefeito eleito. Era um indicativo animador para Vilela que duas semanas antes, havia apresentado um sangramento pulmonar e teve de ser submetido à uma cirurgia.
De lá para cá, Maguito alternou entre momentos de sedação. Entre doses leves e altas de sedativos, ele apresentava uma recuperação lenta e gradual em seu estado de saúde, mas desde o dia 8 de janeiro foi diagnosticado com uma infecção pulmonar com fungos e bactérias no pulmão, o que fez com que ele fosse submetido a altas dosagens de drogas vasoativas. Ele não resistiu ao tratamento.
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