22 de dezembro de 2024
Luto • atualizado em 12/08/2024 às 10:44

Morre Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda, aos 96 anos

Ministro membro do Conselho Consultivo de Planejamento (Consplan) do governo Castelo Branco, em 1965
Antônio Delfim Netto formou-se economista em 1951 pela Universidade de São Paulo (USP) e tornou-se catedrático em 1958. (Foto: Salu Parente/Camara dos Deputados).
Antônio Delfim Netto formou-se economista em 1951 pela Universidade de São Paulo (USP) e tornou-se catedrático em 1958. (Foto: Salu Parente/Camara dos Deputados).

Nesta segunda-feira (12), o economista e ex-ministro Antônio Delfim Netto faleceu devido a complicações de saúde, no Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista. Em nota, a assessoria do economista informou que não haverá velório aberto e seu enterro será restrito à família. Delfim Netto deixa filha e neto.

Descendente de imigrantes italianos, ele nasceu em São Paulo, em maio de 1928. Formou-se economista em 1951 pela Universidade de São Paulo (USP) e tornou-se catedrático em 1958. Fez carreira acadêmica como professor titular de Análise Macroeconômica e recebeu o título de professor emérito pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (Fea-USP).

Foi membro do Conselho Consultivo de Planejamento (Consplan) do governo Castelo Branco, em 1965. Tornou-se secretário de Fazenda no governo de São Paulo em 1966. Foi um dos signatários do Ato Institucional número 5 (AI-5), em 13 de dezembro de 1968. O decreto é considerado o mais duro após o golpe militar de 1964, e foi instituído durante o governo Gosta e Silva, para suspender direitos e garantias individuais.

Delfim Netto chegou a ministro da Fazenda em 1967, ainda no governo Costa e Silva, e ocupou o cargo até o governo Médici, encerrado em 1974. Nos quatro anos seguintes, foi embaixador do Brasil na França e, em 1979, passou a integrar Conselho Monetário Nacional e comandou o Banco Central no governo Figueiredo.

Delfim foi deputado federal na Constituinte de 1987 a 1991 pelo Partido Democrático Social, sucessor da Arena. Posteriormente, elegeu-se cinco vezes deputado federal pelo estado de São Paulo e permaneceu representante na Câmara até 2007.


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