05 de dezembro de 2025
Violência Infantil

Morre bebê levada pelo pai a hospital com sinais de agressão em Anápolis

Segundo a polícia civil, o suspeito responderá por homicídio qualificado, com base na Lei Henry Borel
Casa em que criança morava estava em situação insalubre. Foto: Divulgação/Polícia Civil.
Casa em que criança morava estava em situação insalubre. Foto: Divulgação/Polícia Civil.

A morte de uma bebê de três meses, em Anápolis, região central de Goiás, levou a Polícia Civil a alterar a acusação contra o pai da criança, de 31 anos, preso na última segunda-feira (11). Inicialmente autuado por tentativa de homicídio, ele agora responderá por homicídio qualificado, com base na Lei Henry Borel, que endurece as punições para crimes de violência doméstica contra crianças e adolescentes.

A confirmação da morte foi feita pelo hospital na quinta-feira (14). Segundo a delegada Aline Cardoso, a bebê havia dado entrada na UPA da cidade em parada cardiorrespiratória, levada pelo pai, que alegou engasgo com leite. A equipe médica contestou a versão ao identificar lesões incompatíveis com o relato, incluindo um traumatismo cranioencefálico grave.

Mãe e avó também investigadas

A mãe da bebê, que afirmou estar trabalhando no momento da agressão, também é investigada por maus-tratos. Segundo a polícia, ela já havia sido alvo de denúncias no Conselho Tutelar por gritos e supostas agressões contra os filhos.

Os outros três filhos do casal, que já viviam com a avó materna desde junho, foram retirados da guarda dos pais após denúncias de maus-tratos e situação insalubre no lar. A polícia apura ainda quando a bebê foi levada de volta para a casa dos pais sem que o Conselho Tutelar fosse comunicado. Nesse ponto, a avó também poderá responder criminalmente.

Tentativas de mudar versão

Durante depoimento, o suspeito inicialmente manteve a versão de engasgo, mas mudou o relato após a polícia apresentar os exames médicos. Ele alegou que poderia ter batido a cabeça da bebê sem querer na madeira do sofá ou a sacudido enquanto corria por socorro. Para a delegada, os argumentos não explicam as lesões.


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