11 de agosto de 2024
Brasil

Morre aos 85 anos, o cantor Cauby Peixoto

Cauby Peixoto morreu aos 85 anos (Imagem: Fotos Públicas-Democratas)
Cauby Peixoto morreu aos 85 anos (Imagem: Fotos Públicas-Democratas)

Aos 85 anos, morreu em São Paulo na noite deste domingo (15), o cantor Cauby Peixoto. O artista estava internado devido a uma pneumonia, desde o dia 9 de maio, no Hospital Sancta Maggiore, no Itaim Bibi, na Zona Sul de São Paulo.

Cauby Peixoto era remanescente de uma era de ouro da canção brasileira. Tinha saúde frágil, condição que foi se agravando nos últimos tempos: em 1997, por exemplo, já tinha sido internado com dores fortes, atribuídas a uma hérnia de disco; em 2000, ganhou 6 pontes de safena e, em um mês, estava cantando de novo.

O corpo do cantor deve ser velado na Assembleia Legislativa de São Paulo, no Ibirapuera, na Zona Sul da capital, a partir das 9h desta segunda-feira (16). O enterro será no Cemitério Congonhas. O horário ainda não foi informado.

Histórico

Cauby iniciou sua carreira artística no final da década de 1940, Estudou em um Colégio de Padres Salesianos em Niterói, onde chegou a cantar no coro da escola e também no coro da igreja que frequentava. Cauby trabalhou em um comércio até resolver participar de programas de calouros no rádio, no final da década de 40, no Rio de Janeiro.

Cauby na adolescência foi considerado diferenciado, pois era vaidoso e sedutor (Mal sabia que em 1954, seria considerado o homem mais bonito do Brasil, eleito por uma revista americana).

Em uma família de músicos, Cauby passou a ter seus primeiros contatos, por meio de discos de seu irmão, Moacyr, que lhe mostrava canções de Sílvio Caldas e Orlando Silva. Ouvindo um dos discos de seu irmão, escutou a interpretação de Orlando Silva (que se tornou ídolo de Cauby), e se apaixonou pela canção “Rosa” (de Pixinguinha e Otávio de Souza). O rádio já era veículo de massa, e todos gostavam de ouvi-lo. Além de tudo sua mãe e suas irmãs adoravam cantar.

Durante a adolescência em meio às brincadeiras, lá no fundo de seu peito, já pulsava o sangue de cantor.

Em 1945, Seguindo o exemplo dos irmãos mais velhos Cauby tratou de ajudar nas finanças de casa, pois já tinha 15 anos. Passou então estudar à noite, e a trabalhar durante o dia no comércio. Mesmo sabendo que a música era sua meta Cauby ainda muito jovem nem sonhava com a reviravolta que estava para acontecer em sua vida.

Nos anos 50, Cauby logo se destacaria pela voz poderosa que dava brilho a standards da música americana. A identificação de Cauby com Sinatra, Bing Crosby e outros intérpretes do “american songbook”, o repertório dos standards americanos, o levaria a tentar a sorte nos EUA a partir de 1955.

A partir da década de 1970, apresentou-se com frequência em programas de televisão no Rio de Janeiro, e pequenas temporadas em casas noturnas do Rio e de São Paulo. Em 1979 o roteiro profissional incluiu Vitória (ES) e Recife (PE), no Projeto Pixinguinha da Funarte, ao lado de Zezé Gonzaga.

Em 1980, em comemoração aos 25 anos de carreira, lançou pela Som Livre o álbum Cauby, Cauby, com composições escritas especialmente para ele por Caetano Veloso (Cauby, Cauby), Chico Buarque (Bastidores), Tom Jobim (Oficina), Roberto Carlos e Erasmo Carlos (Brigas de amor) e outros. Bastidores, particularmente, se converteria em um dos maiores sucessos do repertório do cantor. No mesmo ano, apresentou-se nos espetáculos Bastidores (Funarte, Rio de Janeiro) e Cauby, Cauby, os bons tempos voltaram, na boate Flag (SP).

Sobreviveu à bossa nova, à Jovem Guarda e outros gêneros que vieram, e até se adaptou a eles, mas sempre mantendo-se como um monolito artístico, um santuário musical. Em 2009, gravou um disco só com sucessos de Roberto Carlos, de quem foi grande amigo – havia então 16 anos que Roberto não autorizava um artista a gravar um disco só com músicas suas.

Com informações da Wikipedia e da revista Isto É


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