Dona de uma das vozes mais marcantes da música popular brasileira, Ângela Ro Ro silenciou nesta segunda-feira (9). A cantora morreu aos 75 anos, no Rio de Janeiro, onde estava internada havia dois meses devido a uma infecção pulmonar muito grave.
Ângela Ro Ro estava em tratamento no Hospital Silvestre, no Cosme Velho, zona sul da cidade. Nesta segunda ela sofreu uma hipotensão grave, com parada cardíaca. A equipe médica tentou uma reanimação por 15 minutos, mas a artista não resistiu.
Durante a internação ela chegou a precisar de uma traqueostomia (procedimento de abertura na traqueia para permitir a passagem de ar para os pulmões). Depois passou por reabilitação vocal através de fisioterapia e, no início de agosto, voltou a se comunicar pela fala.
Situação financeira ruim após abandono de produtora levou a pedido de ajuda a fãs e amigos
De acordo com a revista Isto É, Angela Ro Ro esteve acompanhada durante a internação pelo advogado Carlos Eduardo Campista de Lyrio, representante da artista. Através das redes sociais, ele atualizava o estado de saúde e divulgava a chave-PIX para recebimento de doações para ela.
Antes de ser internada, a cantora já vinha pedindo doações e fazendo apelos a colegas para que tivesse oportunidade de trabalho, alegando ter sido “abandonada” pela produtora responsável por gerir a sua carreira.
Irreverência nos anos 1970
De voz potente, estilo próprio e personalidade marcante, Angela Ro Ro começou nos anos 1970 e rapidamente se destacou pela irreverência e talento, além de postura firme, por exemplo por ser uma lésbica assumida. Um dos seus relacionamentos mais famosos foi com a também talentosa cantora Zizi Possi.
Sucessos eternos
Público e crítica aplaudiram sucessos de Ro Ro como “Amor, Meu Grande Amor”, “Compasso” e “Fogueira”.
Eternizada por esses sucessos, entre outros, a artista fez parcerias marcantes com diversos grandes nomes da MPB como Maria Bethânia e Cazuza, por exemplo.
Um dos seus álbuns de maior repercussão, intitulado “A vida é mesmo assim”, teve músicas regravadas em 2025 por jovens cantores como Joaquim e Zaina Woz, mesmo tendo sido gravado há mais de quatro décadas, em 1984.
Leia mais sobre: Ângela Ro Ro / Legado de sucessos / Luto na MPB / Brasil / Cultura e Entretenimento
