22 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 29/12/2020 às 08:50

Moro critica atuação do governo no combate à pandemia e questiona: “Tem presidente em Brasília?”

Sérgio Moro critica Bolsonaro e acaba discutindo com André Mendonça
Sérgio Moro critica Bolsonaro e acaba discutindo com André Mendonça

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro criticou, nesta última segunda-feira (28/12) a atuação do seu ex-chefe no combate à pandemia do novo coronavírus. Moro que ficou à frente por quase 1 ano e meio da pasta do governo de Jair Bolsonaro chegou a questionar se em Brasília teria algum presidente o qual chamou de ‘negacionista.’

“Vários países, inclusive da América Latina, já estão vacinando seus nacionais contra a COVID-19. Onde está a vacina para os brasileiros? Tem previsão? Tem Presidente em Brasília? Quantas vítimas temos que ter para o Governo abandonar o seu negacionismo?”, publicou o ex-ministro da Justiça.

O post vem no mesmo dia em que a Pfizer anuncia que não irá submeter a vacina que vem desenvolvendo ao uso emergencial no Brasil e que o país atinge 7.5 milhões de casos acumulados com mais de 191 mil óbitos por conta da pandemia do novo coronavírus. Com todo esse cenário, o presidente da República, Jair Bolsonaro foi participar de uma partida de futebol beneficiente em Santos.

Discussão com o sucessor

O post de Sérgio Moro ainda rendeu uma discussão com André Mendonça, ministro que sucedeu o ex-juíz na pasta da Justiça. “Vi que Sergio Moro perguntou se havia presidente em Brasília? Alguém que manchou sua biografia tem legitimidade para cobrar algo? Alguém de quem tanto se esperava e entregou tão pouco na área da Segurança? Quer cobrança? Por que em 06 meses apreendemos mais drogas e mais recursos desviados da corrupção que em 16 meses de sua gestão”, questionou o titular.

Na sequência, Moro rebateu a fala de Mendonça dizendo que o titular “nem teve autonomia de escolher o Diretor da PF ou de defender a execução da pena da condenação em segunda instância”.

“Ministro, o senhor nem teve autonomia de escolher o Diretor da PF ou de defender a execução da pena da condenação em segunda instância (mudou de ideia?), então me desculpe, menos. Faça isso e daí conversamos”, escreveu Moro.

O filho do presidente, Carlos Bolsonaro, vereador pelo Republicanos no Rio de Janeiro também deixou seu comentário na discussão: “Prudência, sofisticação, biografia, pega varetas, socialismo e liberdade!”


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