Um dia após a tempestade que atingiu o município de Três Ranchos, neste sábado (12), causando diversos estragos, um mutirão é realizado, neste domingo (13), para a recuperação da cidade. De acordo com o prefeito Hugo Deleon, cerca de 50 pessoas trabalham para a desobstrução total das vias, que ficaram repletas de galhos de árvores caídas, telhas, dentre outros escombros. A Equatorial também segue com equipes para reestabelecimento total da energia.
“Em 40 anos, eu nunca vi uma situação como essa”, detalhou Deleon, ao Diário de Goiás. Apesar dos estragos, o gestor da cidade celebra, porém, o fato de o temporal não ter feito nenhuma vítima no município. “Estava com medo de ter machucado muita gente ou alguém ter perdido a vida. Graças a Deus isso não aconteceu. Foram muitos danos materiais, mas ninguém machucado”, frisou.
O mutirão realizado no município se empenha, também, para detectar famílias com casas destelhadas ou em situação de risco. Ações de doações são levantadas para a reconstrução de lares de famílias carentes. O Governo de Goiás também mobilizou equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Goinfra para reestruturação da cidade.
Destruição
O prefeito de Três Ranchos disse que o cenário foi de pânico e muito medo na cidade, durante a tempestade, que durou cerca de sete minutos. Acompanhada de granizo e ventos com velocidade de até 100 km/h, a chuva causou estragos em diversas partes do município.
Além de casas destelhadas, muros caídos e árvores arrancadas, diversos prédios públicos sofreram danos. Dentre eles, o ginásio ao lado da prefeitura, a Escola Municipal, o CRAS e o CREAS. Uma Marcenaria, de propriedade familiar, também teve parte de sua estrutura destruída. O prejuízo estimado, conforme o portal, é de R$ 60 mil.
No momento da tempestade, era realizada a comemoração de um aniversário no lago da cidade. Presente no evento, Badiinho Moisés, autor do Blog do Badiinho, que detalha, em seu portal, o acontecimento na cidade, relatou ao Diário de Goiás o episódio vivenciado no local.
“Sabendo do histórico de chuvas pesadas, eu disse para o piloto ficar próximo da encosta”, ponderou. “Cerca de 40 minutos, a chuva veio de Minas Gerais, sentido Goiás. A gente conseguiu chegar, com cerca de oito minutos, na encosta. Foi o prazo de a gente encostar, a chuva chegou com muito vento”, contou.
Segundo Badiinho, a intensidade do temporal foi menor no lago e maior na cidade. Ainda assim, várias embarcações ficaram danificadas. “Se tivesse sido com a mesma intensidade que foi na cidade, teria acontecido uma tragédia, que não consigo mensurar o tamanho”, sublinhou.
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