11 de agosto de 2024
Destaque 2 • atualizado em 11/02/2021 às 16:40

Moradores de Barro Alto reclamam falta de energia em conjunto habitacional

Foto: Divulgação/Governo de Goiás
Foto: Divulgação/Governo de Goiás

Moradores de um conjunto de moradias do Residencial Maria Antônia Bastos, em Barro Alto, há 223km de Goiânia, reclamam que desde o lançamento das obras até hoje, não houve instalação da energia elétrica no local. O que antes significava o conforto de ter uma casa própria, hoje está rendendo dores de cabeça para os moradores.

Feito com recursos da Agência Goiana de Habitação (Agehab), em parceria com a Prefeitura do município, o condomínio foi entregue no dia 25 de novembro com 103 chaves de casas populares sendo entregues aos moradores. O poder municipal teria de fazer uma licitação para a contratação de uma empresa que gerenciasse a água e a energia elétrica. De lá para cá, os moradores estão “no escuro”.

De acordo com a auxiliar administrativo Joelma Santos Souza, as casas foram entregues sem água, energia elétrica e documentação. Segundo ela, a documentação foi entregue após os moradores “correrem atrás”, para que os próprios pudessem solicitar a instalação de água e energia elétrica no local. 

“Corremos atrás da documentação, para fazer a requisição na Saneago (Saneamento de Goiás) para fazer a ligação de emergência para a gente. Aí graças a Deus a gente conseguiu junto à Saneago e à atual gestão de Barro Alto, fazer a ligação da água”, relatou.

Com relação à energia elétrica, Joelma alega ter procurado a Enel, que alegou ser necessária a realização do serviço de rede de energia, feita de forma terceirizada, para que então à solicitação dos moradores possa ser atendida pela distribuidora.

Os recursos para a construção das moradias são oferecidos pela Agehab. No entanto, cabe à prefeitura a licitação para as ligações de água e energia elétrica no local. Uma empresa chegou a ser contratada para executar o serviço de montagem da rede, para a instalação da energia elétrica, mas, de acordo com moradores, o trabalho não foi finalizado.

“Uma empresa ganhou a licitação para fazer a rede de energia, só que essa empresa emprestou o serviço para outra empreiteira e essa outra empreiteira começou a obra depois que as casas já tinham sido entregues. Só que, em dezembro, pararam a obra e até hoje não deram retorno. A gente falou com eles e eles disseram que precisavam de um outro relatório da Enel, para ver o que ainda tinham para fazer”, explicou Joelma.

A moradora afirmou, ainda, que a Enel informou já ter encaminhado o relatório para a empresa, via e-mail, com a detalhação das modificações que deveriam ser feitas pela empresa. No entanto, a empresa continuou com o trabalho parado, sem dar respostas aos habitantes do local.

Ludmilla Faria de Moura Siqueira, vereadora do município, afirmou ter acionado o Ministério Público (MP), na tentativa de resolução do caso. Segundo ela, há no local crianças, gestantes, idosos e acamados que necessitam do serviço de energia elétrica.

“Fomos atrás da prefeitura, que deu o número da empreiteira. Fomos atrás da empreiteira e a empreiteira jogou para a Enel. Fomos lá na Enel, eles devolveram a responsabilidade para a empreiteira, acionamos o Ministério Público e agora a gente tá aguardando”, pontuou.

Em nota, a Agehab informou ter investido o valor de R$2 milhões em recursos estaduais, para serem utilizados exclusivamente na compra de materiais de construção. A parte de infraestrutura e mão de obra, de acordo com a assessoria, é de total responsabilidade do município. 

A reportagem do Diário de Goiás entrou em contato com a Prefeitura de Barro Alto que, até o momento, não atendeu às solicitações. O espaço está aberto para o posicionamento e atualizações.

Leia a nota na íntegra:

A Agência Goiana de Habitação (Agehab) informa que a implantação da rede elétrica no loteamento Maria Antônia, em Barro Alto, é de responsabilidade da Prefeitura, que contratou uma empresa para executar o serviço. As moradias foram construídas em parceria direta entre a Agehab e a Prefeitura. A contrapartida da Agência refere-se ao investimento de R$ 2 milhões em recursos estaduais, que podem ser utilizados exclusivamente para compra de materiais de construção. A parte de infraestrutura e mão de obra fica a cargo do Município.

Agência Goiana de Habitação (Agehab)


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