19 de novembro de 2024
Economia

Moody’s melhora perspectiva do Brasil de negativa para estável

A agência de classificação de risco Moody’s revisou a perspectiva da nota do Brasil de negativa para estável, o que reduz a chance de novo rebaixamento da nota de crédito do país no curto prazo.

A nota atual do Brasil na Moody’s é “Ba2”, dois degraus abaixo do grau de investimento.

“A Moody’s acredita, em resumo, que os riscos negativos para o crescimento e as incertezas relacionadas ao ímpeto para reformas, que levaram à atribuição da perspectiva negativa para o rating Ba2 em maio do ano passado, diminuíram”, disse a agência em comunicado.

A agência lista dois fatores para a mudança da perspectiva da nota.

A primeira, é a expectativa de que reformas para preservar a sustentabilidade fiscal e estabilizar as métricas de dívida no médio prazo serão aprovadas pelo próximo governo.

A segunda é a perspectiva de crescimento econômico mais forte que o esperado no curto e médio prazo, sustentado por reformas estruturais prévias, que, na análise da agência, dará suporte aos esforços de consolidação fiscal.

Contramão

A revisão da perspectiva da Moody’s vai na contramão do que foi feito pelas outras duas agências de risco, a Fitch e a SP Global.

A agência de classificação de risco Fitch cortou em 23 de fevereiro a nota de crédito do Brasil, com perspectiva estável.

A nota foi reduzida de “BB” para “BB-“, o que manteve o Brasil dentro do grupo de países considerados maus pagadores de suas dívidas.

Na Fitch, o país está três níveis abaixo do grau de investimento, espécie de selo de bom pagador. A perspectiva melhorou de negativa para estável, o que reduz o risco de novos rebaixamentos nos próximos meses.

A Fitch foi a segunda agência a rebaixar a nota do Brasil. Em 11 de janeiro, a agência S&P Global cortou o rating brasileiro de “BB” para “BB-“, no primeiro rebaixamento por uma agência no governo do presidente Michel Temer.

O atraso nas reformas e as incertezas sobre a eleição presidenciável deste ano estão entre os principais fatores que pesaram na decisão da S&P. (Folhapress)

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