16 de agosto de 2024
Política

Moção de repúdio contra curso “Golpe 2016” é apresentado na Câmara

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Uma moção de repúdio contra o curso de extensão da UFG “Golpe de 2016 e a Universidade Pública Brasileira” foi apresentada em plenário da Câmara Municipal de Goiânia nesta quinta-feira (15). O autor da moção é o vereador Oséias Varão (PSB).

Segundo o parlamentar, o curso que começa amanhã na Faculdade de Educação tenta construir uma falsa narrativa de que o impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016 fora um golpe. Além disso, Oséias Varão alega que o curso vai fazer campanha eleitoral para Lula e o Partido dos Trabalhadores.

Além da moção de repúdio, o parlamentar protolocou uma representação junto ao Ministério Público Federal (MPF) para investigar eventuais desvios ou crimes cometidos, como improbidade administrativa. “Na minha opinião eles estão fazendo chacota com os princípios da gestão pública, especificamente da educação, como o princípio daa pluralidade “.

“Se eles inserissem na grade professores de visões divergentes eu aplaudiria o debate. Agora, o que eu não posso concordar é esse absurdo de eles acharem que podem dar um verniz acadêmico a um panfleto partidário-ideológico”, criticou o vereador em entrevista ao Diário de Goiás.

O Diário de Goiás tentou entrar em contato com o professor à frente do curso da UFG, Adão José Peixoto, mas ele não atendeu as ligações. A UFG, por meio de nota, defendeu a independência da instituição e a importância de debates desse tipo no ambiente acadêmico.

Leia nota na íntegra:

A propósito do curso de extensão organizado pela Faculdade de Educação da UFG, esclarecemos que as universidades brasileiras gozam de autonomia didático-científica, conforme dispõe o artigo 207 da Constituição da República Federativa do Brasil. Portanto, é prerrogativa da universidade definir, de forma independente, os conteúdos pertinentes às suas atividades de ensino, pesquisa e extensão. 

A UFG reitera o seu compromisso com a pluralidade de ideias e com a discussão de grandes questões públicas, especialmente aquelas que despertam controvérsias de interesse coletivo. Como espaço de debates e de crítica, a instituição não pode ser tolhida em sua função social de construção da cidadania. Vale ressaltar que a Universidade pauta-se pelo incentivo ao livre debate de pensamentos e posições e reforça a necessidade de fortalecimento do Estado Democrático de Direito.


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