A possibilidade de Lula participar do horário eleitoral gratuito como candidato dividiu os ministros do TSE: parte dos magistrados entende que o petista tinha direito de fazer a campanha. Por isso, o relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso disse à presidente Rosa Weber que estava decidido a levar a julgamento o pedido de registro de candidatura de Lula.
A questão causou polêmica na corte. Um integrante do tribunal afirma que, em todos os cerca de 400 casos similares ao de Lula já analisados pelo TSE, o político condenado em segunda instância pode fazer a campanha e, em 50% dos casos, a situação do candidato foi alterada até o momento da diplomação -ele conseguiu, por exemplo, uma liminar no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e foi habilitado a ocupar cargos públicos.
Em um julgamento na terça (28), sobre a cobertura de Lula na TV, cinco dos sete ministros do tribunal manifestaram, em algum grau, sobre os direitos de um candidato cujo registro não foi indeferido pela corte.
A sessão está marcada para as 14h30, mas, com menos de meia hora para o início da sessão, vários gabinetes ainda não haviam conseguido finalizar a análise dos documentos apresentados pela defesa do petista.
Ministros ouvidos pela reportagem afirmam que o caso de Lula está sendo julgado às pressas, e que o procedimento do tribunal está sendo feito fora dos padrões.
Normalmente, depois que os advogados apresentam a defesa, o relator tem três dias para analisar os autos, formular o voto e liberar o processo para a pauta.
No entanto, os magistrados destacam que é preciso resolver a questão do petista na Justiça Eleitoral. (Folhapress)
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