O ministro Marco Aurélio Mello será o relator do inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) que investiga o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) no âmbito da delação da JBS.
O nome de Mello foi sorteado após o relator anterior, Edson Fachin, desmembrar o caso da apuração que envolve o presidente Michel Temer e o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
O tucano é suspeito dos crimes de corrupção passiva, obstrução à Justiça e participação em organização criminosa. Ele nega as acusações.
Aécio aparece, segundo as investigações, em gravação pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, sócio da JBS e delator.
A quantia foi entregue posteriormente a um primo do tucano, em ação filmada pela Polícia Federal.
No inquérito, além de Aécio, também estão sendo investigados Andrea Neves, sua irmã, Frederico Pacheco, seu primo, e Mendherson Souza Lima, assessor do senador Zezé Perrela. Todos esses foram presos em 18 de maio.
No despacho em que determinou o fatiamento do inquérito, Fachin escreveu que, segundo a Procuradoria-Geral da República, o senador afastado usou o cargo para atuar em benefício da J&F, a holding da JBS, além da ingerência do PSDB em assuntos governamentais.
Caberá ao novo relator deferir ou não diligências solicitadas pela PGR, analisar recursos das defesas, como o que a retomada do mandato de Aécio. (Folhapress)
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