Chefe da delegação do governo federal na COP27, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, criticou, nesta terça-feira (15/11), quem vai ao Egito de jato particular para participar da conferência sobre o clima da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Filantropos, líderes e empresários e seu sempre exagerado número de assessores vieram em jatos particulares ao luxuoso balneário do Mar Vermelho para cobrar metas de redução de emissões dos outros, sugerindo carros ultramodernos a hidrogênio ou 100% elétricos, completamente desconexos da realidade de diversas regiões do Brasil e do mundo”, disse.
De acordo com a agência de notícias AFP, mais de 400 jatos particulares, cuja emissão média de gases do efeito estufa é até 14 vezes maior que a de um avião de carreira, pousaram em Sharm el-Sheik, a cidade egípcia onde ocorre o evento.
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Em seu discurso, Leite aproveitou para defender o legado do presidente Jair Bolsonaro (PL) na área ambiental. Segundo ele, o atual “governo faz políticas para incentivar, inovar e empreender, criando assim marcos legais para uma robusta economia verde com geração de emprego e renda para todos os brasileiros”.
O ministro do Meio Ambiente também alfinetou governos anteriores, que “só agiam para multar, reduzir e culpar” e enviavam “recursos somente para ONGs”, ao passo que Bolsonaro “implementou políticas junto com o setor privado para dar escala a uma nova economia verde com objetivo de neutralidade climática até 2050”.
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