05 de dezembro de 2025
Alerta

Ministro da Saúde confirma 127 casos suspeitos de intoxicação por metanol e anuncia chegada de antídotos ao Brasil

O Ministério da Saúde montou uma Sala de Situação Extraordinária, que permanecerá ativa para monitorar casos, coordenar ações de vigilância e orientar os profissionais
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante coletiva em Teresina, onde anunciou ações de enfrentamento aos casos de intoxicação por metanol no país. Foto: Divulgação.
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante coletiva em Teresina, onde anunciou ações de enfrentamento aos casos de intoxicação por metanol no país. Foto: Divulgação.

Em coletiva de imprensa realizada na manhã deste sábado (4), em Teresina (PI), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou que o número de casos notificados de intoxicação por metanol subiu para 127 em todo o país, sendo 11 deles confirmados. Até a última sexta-feira (3), eram 113 notificações, mas o total de confirmações se manteve.

“Tivemos um aumento de casos suspeitos, mas não um aumento de casos confirmados”, destacou Padilha, ao reforçar que a pasta está acompanhando de perto a evolução da crise sanitária.

Segundo o Ministério da Saúde, 12 Estados já registraram ocorrências suspeitas. Para reforçar o enfrentamento, o governo anunciou que 4.300 ampolas de etanol farmacêutico utilizado como antídoto contra a intoxicação por metanol chegarão ao Brasil na próxima semana e serão distribuídas em todas as regiões. Atualmente, 609 farmácias no país possuem capacidade para produzir o composto, garantindo suporte imediato à rede.

Além disso, a pasta confirmou a aquisição de 2.500 tratamentos com fomepizol, medicamento importado que também atua como antídoto. A previsão é de que o lote chegue ainda nesta semana.

O metanol é um álcool de uso industrial e impróprio para consumo humano. A ingestão pode causar danos graves, como cegueira irreversível e até a morte. Inicialmente, os sintomas se assemelham à ingestão de bebidas alcoólicas comuns, com náuseas e dor abdominal, mas evoluem rapidamente para visão turva, convulsões e coma.

Diante do cenário, o Ministério da Saúde montou uma Sala de Situação Extraordinária, que permanecerá ativa enquanto durar o risco, para monitorar casos, coordenar ações de vigilância e orientar os profissionais de saúde sobre o manejo clínico das vítimas.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública também acompanha a situação e associa os casos ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Padilha reforçou o alerta à população: “Neste momento evite ingerir bebidas destiladas, em especial bebidas lacradas com a rosca”, afirmou.

Com a mobilização federal, o governo assegura que a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) está abastecida para atender casos suspeitos. A recomendação principal, no entanto, é evitar o consumo de bebidas de procedência duvidosa e procurar atendimento médico imediato diante de sintomas suspeitos.


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