05 de dezembro de 2025
Política Nacional • atualizado em 01/11/2025 às 09:06

Ministro da Fazenda rebate críticas de Caiado e reforça protocolos de segurança do Coaf

Durante coletiva em São Paulo, ministro da Fazenda afirmou que regras de acesso às informações financeiras garantem a proteção dos cidadãos e o funcionamento correto do Estado
Haddad defende protocolos do Coaf e reforça que ministros não podem acessar dados de cidadãos. (Foto: reprodução).
Haddad defende protocolos do Coaf e reforça que ministros não podem acessar dados de cidadãos. (Foto: reprodução).

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, respondeu nesta quinta-feira (31), em São Paulo, às críticas feitas pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), sobre a atuação do governo federal nas fronteiras e o suposto entrave no acesso às informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

“Até eu tenho dificuldade de acessar essas informações porque existe um protocolo. Para isso existe a cooperação, porque quando há convênios, há troca de dados”, afirmou Haddad, ao destacar que o sistema do Coaf segue normas rígidas de segurança e sigilo.

O ministro enfatizou que membros do governo não têm autorização para consultar dados financeiros de cidadãos. “Imagina se um ministro de Estado começar a acessar declarações de renda das pessoas. Isso não pode acontecer. O ministro é um agente político e não tem esse tipo de prerrogativa. Quem faz isso é o serviço público de carreira, que atua independentemente de quem esteja no governo”, explicou.

Haddad reforçou que o papel dos órgãos públicos é proteger o cidadão que age dentro da legalidade. “Quando há um indício de irregularidade, a informação é encaminhada às autoridades competentes, que investigam e, se for o caso, denunciam. É assim que o Estado funciona”, completou.

Cooperação entre entes federativos

As declarações do ministro foram uma resposta direta às cobranças de Caiado por maior presença do governo federal nas fronteiras e no combate ao crime organizado. Segundo Haddad, há cooperação ativa com os estados, e Goiás, em particular, “tem muita informação à disposição”.

“O Estado de Goiás tem muita informação. E quanto mais cooperarmos, mais eficiente será o combate ao crime organizado”, afirmou o ministro.

Ao encerrar a coletiva, Haddad destacou que os protocolos de segurança do Coaf não são barreiras burocráticas, mas mecanismos de proteção legal. “Essas regras existem para proteger os inocentes e garantir que os culpados sejam investigados da forma correta”, concluiu.


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