30 de agosto de 2024
Cidades

Ministério Público denuncia aluno-soldado da PM por dupla tentativa de homicídio e lesão corporal

Bruno Correa de Araújo, aluno-soldado da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO), foi denunciado pela 85ª Promotoria de Justiça do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) por dupla tentativa de homicídio qualificado, por motivo fútil, e lesão corporal agravada também por motivo fútil.

Os crimes ocorreram na madrugada do dia 11 de agosto de 2018, por volta de 5h20, em um posto de combustíveis localizado no Parque Amazônia, em Goiânia. As vítimas são: Jonatas da Silva Camelo, Sílvio César da Costa Júnior e Heberson de Sousa.

De acordo com a denúncia, Sílvio e Heberson haviam saído de um show em uma festa particular em Aparecida de Goiânia e, na companhia de Jonatas e da namorada de Sílvio, foram ao posto de combustíveis. Por volta das 5h, Bruno e Araújo apareceu no local e se aproximou do grupo.

“Como ele aparentava estar embriagado ou sob efeito de substância entorpecente, as vítimas incomodaram-se com sua presença e não lhe deram atenção”, consta na denúncia. Em seguida, o aluno-soldado teria tentado utilizar o narguilé do grupo sem ser convidado e foi repreendido.

“O comportamento inconveniente dele não cessou, tendo em vista que ele passou, de modo rude e grosseiro, a insistir em fumar, chegando a tomar o narguilé bruscamente das mãos de Jonatas”, diz a denúncia.

Em seguida, começou uma discussão e Bruno teria sacado a pistola .40, que pertence à PM-GO. Bruno desferiu uma coronhada na cabeça de Heberson e determinou que todos deitassem no chão. Assustado, Jonatas saiu correndo e foi perseguido pelo aluno-soldado, que efetuou vários disparos, mas nenhuma das balas atingiu a vítima.

Com a perseguição, as outras três vítimas correram na direção oposta. Depois retornaram ao posto de combustíveis, onde a namorada de Sílvio teria ficado, e com a arma em punho, Bruno continuou gritando para que as vítimas deitassem no chão.

Com isso, Sílvio atendeu à determinação e deitou no chão. Sem reagir, foi agredido por Bruno, que ainda atirou na cabeça da vítima. Sílvio foi socorrido por um taxista que passava pelo local e o levou até o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Sílvio continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hugo, em estado grave, e corre risco de morte.

“A motivação dos crimes foi fútil, consistente no mero inconformismo do acusado com a atitude das vítimas em não lhe permitir o uso de narguilé”, afirmou o autor da denúncia, promotor de Justiça Marcelo Faria. Também foi requerida a prisão preventiva do aluno-soldado.

 


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