18 de novembro de 2024
Economia • atualizado em 13/02/2020 às 01:38

Ministério determina que frigoríficos recortem carne a ser exportada aos EUA

Imagem ilustrativa. (Foto: EBC)
Imagem ilustrativa. (Foto: EBC)

O Ministério da Agricultura determinou a frigoríficos brasileiros que carnes in natura de cortes dianteiros a serem exportadas aos Estados Unidos sigam apenas na forma de recortes, cubos, iscas ou tiras. Segundo nota divulgada pela pasta, a medida visa a facilitar as negociações para retomar as vendas para aquele mercado.

No último dia 23, em coletiva de imprensa, o secretário executivo da pasta, Eumar Novacki, havia antecipado a determinação. O Ministério acredita que os problemas comunicados pelo governo norte-americano são decorrentes da vacinação contra a febre aftosa, que poderia causar inflamações. O secretário garantiu que apenas a aparência fica comprometida e que o produto não oferece nenhum risco a saúde. As informações são da Agência Brasil.

O Brasil exporta para os Estados Unidos a parte dianteira do boi inteira, local onde o gado recebe a vacina contra a febre aftosa. Mesmo que não esteja aparente, alguma inflamação pode ser detectada quando a peça é cortada.

Após a Operação Carne Fraca, mercados como os dos Estados Unidos e da Comunidade Europeia determinaram a fiscalização de 100% da carne brasileira. No final do mês passado, os Estados Unidos suspenderam a importação de carne fresca do Brasil. As 15 plantas que realizavam a exportação para o país acumularam, de janeiro a maio, US$ 49 milhões na operação.

Negociação

No próximo dia 13 de julho, o diretor do Dipoa (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal) do Ministério da Agricultura, José Luis Vargas, e o coordenador-geral de Controle e Avaliação do Dipoa, Rafael Filipputti, se reunirão com autoridades sanitárias dos Estados Unidos, em Washington. O objetivo é discutir as medidas de controle adotadas depois que foram detectados abcessos na carne bovina in natura exportada ao mercado norte-americano.

Na última sexta-feira (30), encerrou o prazo para estabelecimentos industriais revisarem seus programas de autocontrole e implementem medidas adicionais de reinspeção. O SIF (Serviço de Inspeção Federal) também revisou seus planos de fiscalização nos estabelecimentos registrados no Ministério da Agricultura. (Folhapress)

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