O Ministério da Saúde, em parceria com a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (CONITEC), lançou nesta quinta-feira, 14, uma consulta pública com a finalidade de apresentar recomendações para diagnóstico e tratamento de pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O período para atendimento estará aberto até o dia 25 de novembro.
Caso a sociedade não se manifeste, o chamado pode ser fechado por falta de interesse público.
De acordo com o professor e presidente da Associação Goiana de Dislexia Déficit de Atenção (AGDDA), Rodrigo Gondim, a iniciativa do Ministério Público reflete o grande número de diagnósticos de TDAH que têm se manifestado na sociedade atualmente.
“Existe alguns mitos relacionados ao diagnóstico de TDAH no Brasil. Por essa razão, o Ministério da Saúde resolveu fazer a consulta pública como meio de estabelecer critérios de diagnóstico relacionados ao transtorno”, pontuou.
Segundo Rodrigo, o crescimento considerável no número de pessoas que são diagnosticadas com TDAH, pode ser explicado pelo desenvolvimento de estudos e pesquisas a respeito do transtorno, que possibilitaram o acesso da sociedade às informações.
O embasamento científico a respeito desse tipo de transtorno, hoje, é muito mais consolidado. O diagnóstico é mais acessível e as pessoas já conhecem melhor do que se trata o TDAH. Quando a sociedade vê a informação, já procura ajuda médica”.
O presidente ressalta que, com a consulta, surge também a oportunidade do poder público entender de forma clara o que é o transtorno.
“Uma das dificuldades que nós temos, é fazer com que o TDAH se torne uma política pública. Tanto educacional, quanto no âmbito da saúde. Essa iniciativa do Ministério da Saúde inova no sentido de fazer com que o TDAH comece a entrar na lista de políticas públicas”.
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