O Ministério da Saúde (MS) anunciou, nesta quinta-feira (15), a negociação da compra emergencial de 25 mil doses da vacina contra a mpox, com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A decisão ocorre após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar emergência em saúde pública internacional por conta de surtos da doenças, na última quarta-feira (14).
O ministério fez pedido de renovação da autorização de uso emergencial da vacina Jynneos para combater a doença, por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O insumo ainda não é licenciado no Brasil, por isso a necessidade de liberação do órgão.
A primeira liberação aconteceu em 2023, durante a primeira ocorrência de surto de mpox, e agora, será renovada. A prorrogação da dispensa temporária e excepcional é válida por seis meses e se aplica somente ao ministério.
Público-alvo
Do ano passado para cá, desde as primeira ocorrências da doença no país, mais de 29 mil doses contra a mpox foram aplicadas no Brasil. O público-alvo definido à época da primeira emergência incluiu pessoas vivendo com HIV/aids de 18 a 49 anos, independentemente do status imunológico identificado pela contagem de linfócitos TCD4; e profissionais de laboratórios do tipo NB-2 com idade entre 18 e 49 anos e que trabalham com o Orthopoxvirus.
Além do público-alvo já estabelecido, deverá tomar a vacina pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pacientes com suspeita de infecção por mpox, porém mediante avaliação da vigilância local. Conforme a Anvisa, a vacina é destinada a adultos com idade igual ou superior a 18 anos e tem prazo de até 60 meses de validade, quando conservado entre -60 graus Celsius (°C) e -40°C.
Atual cenário
A secretária de Vigilância em Saúde do ministério, Ethel Maciel, destacou que o fabricante da vacina ainda não suporta grandes demandas e que a pasta tenta negociação para compra com intermédio da Opas. “A vacina Jynneos é de um produtor nórdico e tem uma produção pequena. Há insuficiência no mercado internacional”, ressaltou. “Neste momento, estamos negociando com a Opas um processo de compra. Para que, além daquelas pessoas que já vacinamos, ter uma reserva no Brasil”, completou.
A Saúde do Brasil destacou que, dentro das configurações da nova emergência global instalada pela OMS, o Brasil está no nível 1, o menos alarmante, com cenário de normalidade para a doença. O último óbito por mpox em solo brasileiro foi registrado em abril de 2023. Ainda não houve casos da nova variante identificada na África.
Com informações da Agência Brasil
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