Depois de ficar um dia fora do ar, o site do Ministério da Saúde destinado a divulgar números em torno da covid19 no Brasil voltou ainda ontem (06/06) a mostrar as estatísticas em torno do novo vírus. No entanto, quando divulgado 904 novos casos o painel esconde os números acumulados da doença. Agora, mostram apenas os casos confirmados ao longo do dia. Segundo o Ministério da Saúde, outros 27.075 casos foram confirmados ao longo deste sábado. O site também passou a dar destaque ao número de recuperados: 10.209.
COm os 904 novos casos confirmados, neste sábado, o Brasil chegou a marca de 35.930 novos óbitos. Em 24 horas, os casos confirmados da doença subiram de 645.771 para 672.846. Os números atentam também para os números regionalizados: O Sudeste tem um número recorde de registros. 9.236 casos apenas nas últimas 24 horas com 432 óbitos. Apenas no Estado de São Paulo, foram registrados 5.984 casos e 216 óbitos. O Nordeste teve 9.236 casos confirmados enquanto registraram 285 novas mortes. A região Norte conta com 5.590 novos casos e 149 óbitos. São 2.254 novos casos confirmados na região Centro-Oeste, com 19 mortos. Na região Sul, 1.150 foram os casos confirmados enquanto foram registrados 19 óbitos.
Omissão de números provoca constrangimentos
Não pegou bem a retirada das informações em torno do novo coronavírus. Enquanto o painel de divulgação ficava fora do ar, o Brasil foi excluído de um Monitor Global de Dados, mantido pela Universidade de Oxford e pela Global Change Data, causando desconforto e críticas de boa parte dos secretários de Saúde do Brasil. O Brasil voltou a aparecer quando o site do Ministério da Saúde voltou a apresentar os dados, mesmo que diários.
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), divulgou uma nota ontem, informando que ao omitir os dados, o governo Jair Bolsonaro tenta dar “invisibilidade” aos mortos pelo novo coronavírus. A nota ganhou fatores mais críticos após o secretário da Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Wizard, dizer que o governo não iria “desenterrar mortos” em entrevista ao Estadão. “Não pretendemos desenterrar mortos, não tratamos disso. O que pretendemos é rever os critérios dessas mortes”, apontou.
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