A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás apresentou nesta terça-feira (13) o Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes Aegypti (LIRAa) de todos os municípios goianos. O levantamento mostra que o Estado de Goiás cumpriu a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, e com isso receberá a segunda parcela de recursos repassados pelo Ministério para ações de combate ao Aedes em todo o território goiano.
Para Goiás, foi definido o aporte total de R$ 5,8 milhões. Em janeiro, todos os municípios foram contemplados com 60% deste recurso. Os outro 40% só seriam liberados após a divulgação do LIRAa ainda no primeiro semestre deste ano. Com a conclusão do Levantamento, o repasse então foi confirmado para o estado.
O trabalho de erradicação do Aedes é uma parceria que envolve todos os municípios goianos, o estado, o governo federal, agentes de saúde, agentes de combate a endemias, corpo de bombeiros militar.
Números
O LIRAa foi realizado por cada um dos municípios em um dos cinco primeiros meses deste ano. Os registros mostram que 148 municípios do Estado estão com índice de infestação até 0,9%, o que os enquadra na situação de baixo risco. Outros 86 municípios estão com índice de até 3,9%, na categoria de médio risco. Outros 12 municípios estão com nível acima dos 4%, na condição de alto risco para o desenvolvimento de doenças transmitidas pelo Aedes, como a dengue, zika e chikungunya.
O Secretário de Saúde de Goiás, Leonardo Vilela, afirmou que houve uma redução expressiva no número de casos e mortes decorrentes do mosquito Aedes Aegypti, “Nós tivemos uma redução expressiva do número de casos confirmados de dengue do ano passado para esse ano. Esse ano nós tivemos praticamente ¼ do número de casos confirmados de dengue. Uma redução expressiva no número de mortes provocadas pela dengue, no número de internações, número de casos graves”, disse o Secretário
Repasse
Questionado sobre como o dinheiro recebido pelo Governo Federal será investido no estado, o Secretário explica, “Ele vai ser utilizado na compra de equipamentos, uniforme para os agentes de combate a endemias, equipamentos de proteção individual. Vai ser utilizado para que as visitas possam ser ainda mais eficazes e cobrindo um número ainda maior de municípios”, conta.
Maior preocupação
De acordo com o Secretário, a grande preocupação durante as vistorias são os imóveis fechados. Eles representam uma dificuldade para o acesso dos técnicos e muitas vezes até por eles não terem uma manutenção adequada, eles tem uma incidência maior de focos e criadouros. Ele ainda reforça que a legislação permite que os agentes de saúde pública possam adentrar e fazer vistorias nos imóveis, mesmo fechados.
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