A atuação sensata de Fernando Haddad também elevou a avaliação positiva ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). (Foto: reprodução)
O Ministério da Fazenda pediu que a Polícia Federal (PF) investigue a obtenção e o uso indevido do CPF do ministro Fernando Haddad. Um ofício enviado pela pasta à PF na quinta-feira (16) informa que o número do documento do ministro foi compartilhado em aplicativos de troca de mensagens. O ato seria uma articulação para prejudicar Haddad.
O Ministério da Fazenda recebeu uma denúncia via e-mail informando que uma pessoa, com celular do estado da Bahia, estaria divulgando o número do documento de Haddad em grupos. Além disso, a denúncia informava também que o usuário, identificado apenas como “Rubinho” pedia para que as pessoas de um grupo de WhatsApp indicassem o CPF do ministro em notas fiscais.
O plano seria gerar um falso gasto pessoal elevado e imprevisto por parte do chefe da Fazenda, para que ele entrasse na mira da Receita Federal por uma movimentação acima de sua remuneração.
Conforme a CNN Brasil, a denúncia chegou à Esplanada dos Ministérios na quarta-feira (15), no mesmo dia em que o Governo Federal anunciou a revogação da norma que alterava as regras de fiscalização de movimentações financeiras, incluindo o Pix e ampliava o monitoramento sobre transferências mensais superiores a R$ 5.000, feitas por pessoas físicas.
Num gesto que surpreendeu e dividiu opiniões, a equipe econômica resolveu voltar atrás da instrução normativa, que valia desde o começo do mês, após uma onda de notícias falsas se espalhar pelas redes sociais.
Vídeos feitos por políticos da oposição foram decisivos para isso. A maior parte dos conteúdos postados indicava que o governo pretendia, em breve, taxar as transações via Pix.
A Fazenda ainda não se manifestou de forma oficial sobre o ocorrido, apenas fez a solicitação à PF até o momento.
Esta semana a corporação também foi acionada para investigar as fake news que circularam contra as medidas da Receita, prejudicando as movimentações via PIX. Um dos principais investigados é o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) que divulgou vídeo disseminando desinformação sobre o assunto.
“Em razão desses crimes que foram cometidos, golpes, pessoas de boa-fé caindo em golpes, estimulados pela mentira conduzidas por esses políticos, essas pessoas, esses criminosos, determinamos que a AGU, ainda hoje, notifique a polícia federal para abertura de inquérito polícial para identiticar todos os atores nas redes sociais que geraram essa desordem informacional”, disse o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias.