20 de março de 2025
Investigação • atualizado em 06/02/2025 às 09:32

Operação investiga irregularidades em contratos de organização social da saúde em Goiás entre 2012 e 2018

Além do desvio de recursos públicos, a PF apura a ocorrência dos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro
Operação Panaceia investiga supostos desvios de recursos públicos na área da saúde em Goiás. Foto: Reprodução/PF.
Operação Panaceia investiga supostos desvios de recursos públicos na área da saúde em Goiás. Foto: Reprodução/PF.

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram, na manhã desta quinta-feira (6), a Operação Panaceia, que investiga supostos desvios de recursos públicos na área da saúde em Goiás entre 2012 e 2018, período que compreende as gestões dos ex-governadores Marconi Perillo e José Eliton. Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, sendo 10 em Goiânia e um em Brasília.

As ordens judiciais foram expedidas pela 11ª Vara Federal, que também determinou o sequestro de mais de R$ 28 milhões dos investigados. O esquema teria ocorrido por meio de uma organização social contratada pelo governo para gerir serviços de saúde.

Segundo as investigações, essa entidade subcontratava empresas ligadas a políticos e administradores da própria organização social. Parte dos valores repassados a essas empresas retornava para agentes públicos e dirigentes da entidade, em uma prática que fere a legislação vigente.

Além do desvio de recursos públicos (peculato), a PF apura a ocorrência dos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Caso condenados, os envolvidos podem enfrentar penas que, somadas, ultrapassam 40 anos de prisão.

A investigação contou com o apoio da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU). O nome da operação, Panaceia, faz referência à deusa grega da cura e, no sentido figurado, remete a um “remédio para todos os males” – uma alusão ao uso indevido de recursos destinados à saúde pública. A Polícia Federal segue com as investigações para identificar outros possíveis envolvidos no esquema e esclarecer a extensão dos danos aos cofres públicos.


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