Em Goiás já foi feito treinamento com médicos e enfermeiras
Minas Gerais está em alerta após a confirmação do primeiro caso da febre chikungunya. Para combater o mosquito transmissor a Secretaria do Estado de Saúde montou uma forç-tarefa para evitar mais casos.
A situação é de alerta, já que um dos vetores da chikungunya, a fêmea do mosquito Aedes aegypti, é responsável pela transmissão da dengue, que este ano já matou 44 pessoas em Minas. O outro vetor é o mosquito Aedes albopictus, comum em áreas rurais.
O primeiro caso foi o de uma mulher de 48 anos, de Matozinhos, que já está medicada e em recuperação. Há outros cinco pacientes com suspeita da febre.
No país, segundo boletim do Ministério da Saúde do dia 4, há 211 casos de contaminação pela doença, 74 confirmados por critério laboratorial e 137 por critério clínico-epidemiológico. Do total, são 38 casos importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da febre, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.
Tira-dúvidas
1) O que é a febre Chikungunya?
É uma doença infecciosa febril causada pelo vírus chikungunya, que pode ser transmitido pelos mosquitos Aedes albopictus e Aedes aegypti, responsável também pela transmissão de dengue no Brasil. O vírus é transmitido pela picada da fêmea e circula em alguns países da África, Ásia e Américas. O termo Chikungunya significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da Tanzânia, e é referência à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada no país africano.
2) Quais são os sintomas?
Febre acima de 39 graus, de início repentino; dores intensas nas articulações de pés e mãos (dedos, tornozelos e pulsos); dor de cabeça, dor nos músculos e manchas vermelhas na pele. Os sintomas aparecem de dois a 10 dias depois da picada do mosquito, podendo chegar a 12 dias. O Ministério da Saúde vai considerar como casos suspeitos todas as pessoas que apresentarem febre de início súbito maior de 38,5ºC e artralgia (dor articular) ou artrite intensa com início agudo e que tenham histórico recente de viagem às áreas nas quais o vírus circula de forma contínua, ou qualquer relação com esses locais.
3) há grupos de risco?
O vírus pode afetar pessoas de qualquer idade ou sexo, mas os sinais e sintomas tendem a ser mais intensos em crianças e idosos. Além disso, pessoas com doenças crônicas têm mais chance de desenvolver formas graves da doença e correm maior risco de vida, embora a letalidade seja menor que nos casos de dengue.
4) Qual o tratamento?
Não existe tratamento específico para chikungunya, como no caso da dengue. Os sintomas são tratados com medicação para a febre (paracetamol) e as dores articulares (anti-inflamatórios) de acordo com expressa avaliação do médico. Não se deve usar o ácido acetilsalicílico (AAS/Aspirina) devido ao risco de hemorragia. Recomenda-se a ingestão de líquido e repouso absoluto. O paciente não deve se automedicar
5) Como prevenir?
Reforçar ações de eliminação dos criadouros dos mosquitos; manter reservatórios de água fechados; não acumular vasilhames no quintal; verificar se calhas não estão entupidas; colocar areia nos pratos dos vasos de plantas.
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