Por Ricardo Magatti
O Corinthians repetiu o roteiro do duelo contra a Chapecoense e garantiu mais uma vitória dramática, conquistada com um gol nos minutos finais. Neste sábado, o time de Sylvinho derrotou o Fortaleza por 1 a 0 na Neo Química Arena graças às mexidas de seu treinador. Ele lançou mão de Cantillo e Jô no segundo tempo. O gol teve a participação do centroavante e foi marcado pelo meio-campista colombiano no fim da partida que abriu a 30ª rodada do Brasileirão.
O Corinthians segue invicto desde que o torcedor retornou à Neo Química Arena. Ganhou o quarto jogo que fez em casa com a presença da Fiel – desta vez, pouco mais de 36 mil foram ao estádio – e ganhou força na briga por uma vaga na próxima edição da Copa Libertadores. A equipe foi premiada pelas mudanças de seu técnico e, sobretudo, pela boa postura apresentada no segundo tempo, quando dominou o Fortaleza, muito desfalcado, e empilhou chances.
O resultado deixa o Corinthians no sexto lugar, com 47 pontos, mais próximo justamente do Fortaleza, que se manteve em quinto, mas viu o rival ficar a um ponto de diferença. O time alvinegro, de quebra, aumentou sua vantagem para o Internacional, sétimo colocado. O Red Bull Bragantino é o último dentro do G-4, com 49 pontos.
Corinthians e Fortaleza fizeram um primeiro tempo interessante na Neo Química Arena, embora sem muitas chances de gols. Faltaram aproximação, movimentação e amplitude, especialmente ao time anfitrião, que, estático e lento na construção das jogadas, teve dificuldade de chegar ao gol. Os visitantes fecharam os espaços e armaram bons contragolpes, embora poucos.
Cada um teve duas oportunidades para abrir o placar. O Corinthians chegou com Roger Guedes em finalização cruzada e Gil, em cabeceio defendido por Marcelo Boeck. Renato Augusto, atuando como um falso 9, ficou muito isolado no ataque. O Fortaleza, mesmo desfalcado, mostrou entrosamento e assustou com Bruno Melo, em arremate de fora, e Matheus Vargas, que obrigou Cássio a fazer boa defesa após trama pelo meio. David saiu machucado e fez falta.
O segundo tempo ganhou em emoção com a nova postura do Corinthians, aparentemente mais disposto a abrir o placar. A equipe de Sylvinho usou mais infiltrações e mostrou mais velocidade na troca de passes, levantando a torcida.
No entanto, ainda dependeu muito de Roger Guedes, que tentou de tudo, mas não estava no melhor de seus dias e prendeu a bola mais do que o lance pedia em algumas ocasiões. Ainda assim, saiu dos pés do camisa 123 os principais lances do Corinthians. O atacante fez Boeck se esticar para defender cobrança de falta no canto e foi quem mais se mexeu na frente, insatisfeito com o empate em casa.
Gustavo Mosquito, Cantillo e Jô foram as armas lançadas por Sylvinho até a metade do segundo tempo. O time ficou mais leve, criou especialmente pelo lado direito, mas a pontaria não estava acurada. Giuliano mandou por cima do gol boa chance criada por Fagner e Mosquito parou em Boeck minutos depois. O melhor lance saiu dos pés de Renato Augusto. O meio-campista veterano recebeu de Giuliano e bateu bonito, de primeira. A bola explodiu no “pé” da trave.
O Corinthians chegou ao seu gol de tanto martelar e encurralar o Fortaleza. Mais uma vez no fim do jogo e de forma dramática. O gol foi marcado por Cantillo, aos 41 minutos, e teve participação determinante de Jô, que mudou a produção ofensiva da equipe com a sua entrada. O centroavante recebeu de Roger Guedes e fez o pivô para o meio-campista colombiano aparecer livre na frente do gol e bater com precisão para garantir o triunfo.
FICHA TÉCNICA:
CORINTHIANS 1 x 0 FORTALEZA
CORINTHIANS – Cássio; Fagner, João Victor, Gil e Fábio Santos; Gabriel (Jô), Du Queiroz (Cantillo), Giuliano, Renato Augusto (Xavier) e Gabriel Pereira (Gustavo Mosquito); Róger Guedes. Técnico: Sylvinho.
FORTALEZA – Marcelo Boeck; Tinga, Marcelo Benevenuto, Jackson e Bruno Melo; Felipe, Ronald, Matheus Vargas (Edinho) e Lucas Lima (Depietri); Robson (Henríquez) e David (Romarinho [Igor Torres]) Técnico: Juan Pablo Vojvoda.
GOL – Cantillo, aos 41 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Fagner, Roger Guedes, Felipe, Lucas Lima, Robson, Cantillo.
ÁRBITRO – Ramon Abatti Abel (SC).
RENDA – R$ 1.909.460,60.
PÚBLICO – 36.219 pagantes.
LOCAL – Neo Química Arena, em São Paulo (SP).
(Conteúdo Estadão)
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