19 de novembro de 2024
Mundo

México tem 6 mortos e 1.500 presos após protestos contra alta da gasolina

Situação é dramática no México (Foto: Jornal El País)
Situação é dramática no México (Foto: Jornal El País)

Após um forte aumento no preço da gasolina, o México vive nesta semana uma onda de saques e protestos violentos que já deixaram seis mortos e mais de 1.500 presos.

Duas pessoas morreram feridas por tiros durante protesto na sexta (6) que terminou em confronto com a polícia em Ixmiquilpan. As vítimas bloqueavam uma estrada no Estado de Hidalgo. A origem dos disparos não foi confirmada.

Outros três foram mortos no Estado de Veracruz. Duas das vítimas são suspeitas de terem saqueado produtos e a terceira foi atropelada por um veículo que estava sendo perseguido pela polícia.

Na noite de quarta (4), um policial da Cidade do México morreu ao ser atropelado enquanto tentava impedir o roubo a um posto de gasolina.

Os aumentos, de 20,1% para a gasolina e de 16,5% no diesel, os maiores em anos, entraram em vigor no dia 1º de janeiro e motivaram uma onda de protestos, bloqueios de estradas e de postos de gasolina, assim como saques e roubos.

“Não será permitida a impunidade”, disse René Juárez, subsecretário de Governo, que informou a prisão de 1.500 pessoas.

A Polícia Federal foi mobilizada em várias regiões, inclusive com uso de aeronaves e foram instauradas “medidas de dissuasão, para evitar que haja novos problemas”, prosseguiu Juárez.

Segundo ele, 95% dos postos de combustível operam normalmente e a circulação foi retomada na maioria das vias bloqueadas.

De acordo com a confederação comercial do país, até quinta (5) mais de mil lojas e pontos de venda de produtos foram saqueados.

O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, reiterou que a alta do preço dos combustíveis foi “uma mudança difícil” mas justificou que ela é necessária para manter a estabilidade econômica e financiar programas sociais.

A polícia realiza investigações nas redes sociais para identificar pessoas que estimularam ou participaram dos protestos e dos saques.

(FOLHA PRESS)


Leia mais sobre: Mundo