O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou na quinta-feira (2) a compra emergencial de 150 mil ampolas de etanol farmacêutico para a produção de antídoto contra a intoxicação por metanol. Esta semana o ministério já tinha anunciado a busca por fomepizol, medicamento que também é usado como antídoto em casos de intoxicação por metanol.
O ministério informou que há 11 casos confirmados da intoxicação no Brasil, que podem estar relacionados à ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas. Um deles é o rapper Hungria Hip Hop, internado na quinta após consumir vodka em uma região de Brasília e ter os mesmos sintomas de intoxicação. Outros 48 estão em investigação.

O ministério quer reforçar o tratamento das vítimas nos estados e municípios, explicou Padilha. Segundo o ministro, foi montado um estoque com 4,3 mil ampolas de etanol em hospitais universitários e serviços do SUS.
No caso do fomepizol, o governo, através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acionou produtores e agências internacionais para adquirir o produto. “Com essa ação, estamos mobilizando as dez maiores agências reguladoras do mundo para que indiquem, em seus países, quais são os produtores do fomepizol”, afirmou o ministro.
TRATAMENTO DE INTOXICAÇÃO POR METANOL: Determinamos a compra emergencial de 150 mil ampolas de etanol farmacêutico para reforçar estados e municípios no tratamento de vítimas. A Anvisa também acionou produtores e agências internacionais para adquirir Fomepizol, outro antídoto… pic.twitter.com/Btl2OdLrxe
— Alexandre Padilha (@padilhando) October 2, 2025
Ministério também pede doação de fomepizol para a OPAS
Além disso, segundo o portal Uol, o governo também pediu à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a doação de 100 unidades do fomepizol. O Ministério da Saúde também manifestou a intenção de adquirir outras 1.000 unidades do medicamento por meio da linha de crédito do Fundo Estratégico da OPAS.
“Os pedidos e compras de antídotos que estamos fazendo são por precaução. Nos últimos anos, não ultrapassamos 20 casos por ano, mas temos observado um registro maior no estado de São Paulo. Essas são medidas preventivas do Ministério da Saúde”, afirmou o ministro
Mortes suspeitas
Já foi confirmada uma morte e investigadas outras sete suspeitas de intoxicação grave por destilados contaminados. O óbito confirmado aconteceu na cidade de São Paulo, onde estão mais cinco mortes sob investigação (três na capital e duas em São Bernardo do Campo).
Além de São Paulo, as outras duas mortes são investigadas em Pernambuco.
Ministro e secretário aconselham a não consumir bebidas alcoólicas
Em Goiás, onde não há nenhum caso suspeito ou confirmado, o estado montou força-tarefa programando um pente-fino em distribuidoras para averiguar a procedência dos produtos.
Além disso, o secretário estadual de Saúde, Rasível dos Santos, segue o mesmo entendimento do ministro Padilha e está solicitando que as pessoas não façam ingestão de bebidas alcoólicas, especialmente destiladas.
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