22 de dezembro de 2024
INSATISFAÇÃO • atualizado em 30/06/2023 às 16:23

“Metam o pau nessa Reforma Tributária”, diz presidente da Adial Brasil a prefeitos em reunião com Caiado

José Alves Filho definiu a proposta como "danosa, inconstitucional e catástrofe para todos os municípios do Brasil"
José Alves Filho, presidente da Adial Brasil, fala sobre a Reforma Tributária. Foto: Altair Tavares/DG
José Alves Filho, presidente da Adial Brasil, fala sobre a Reforma Tributária. Foto: Altair Tavares/DG

Durante reunião com o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), na manhã desta sexta-feira (30), no Auditório Mauro Borges, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia, o presidente da Associação Brasileira Pró-Desenvolvimento Regional Sustentável (Adial Brasil), José Alves Filho, foi mais uma das lideranças a engrossar o coro dos insatisfeitos com a proposta da Reforma Tributária.

Ao acompanhar os dados apresentados durante o encontro, com os possíveis impactos que a aprovação do texto de mudança no sistema tributário no Congresso Nacional trará sobre a economia goiana, em seus atuais moldes, José Alves Filho definiu a proposta como “danosa, inconstitucional e catástrofe para todos os municípios do Brasil”.

O empresário, que também preside o Grupo José Alves, voltou seu recado para os prefeitos. “Nós precisamos que, hoje, os prefeitos voltem para os seus municípios, que vocês vão para as rádios e metam o pau nessa Reforma Tributária. Comentem aqui o que o governador Caiado com muita propriedade nos alertou”, criticou.

De acordo com o presidente da Adial Brasil, o assunto tem sido debatido com o setor da indústria do agronegócio. “O agro hoje é uma vitrine do nosso país, é o setor que mais prospera e a indústria que está ligada ao agro. Não é só incentivo fiscal que está pesando no contexto”, detalhou.

Empresário cobrou posicionamento das lideranças políticas sobre a Reforma Tributária

José Alves relembrou que setores como o da indústria do leite, de frangos, de suínos e de bovinos eram deficitários no passado. “Ao longo do tempo, com incentivos fiscais, com ajustes que foram sendo negociados com os Estados, hoje nós temos as usinas de açúcar e etanol em prosperidade, alimentando tanto a economia nacional. No passado, produzir leite era uma catástrofe, ninguém queria produzir leite. Hoje está todo mundo no caminho de ter a indústria de lácteos muito bem posicionada”, comentou.

O empresário endureceu o tom do discurso ao pedir que as lideranças políticas se posicionassem. “Não podemos esquecer que 40% da indústria do agronegócio tem que ser voltada para o mercado interno. Não é apenas exportação. Comentem os detalhes que os secretários, com muita propriedade, nos colocaram. Não podemos deixar. Nós, Goiás, temos tido posicionamentos importantíssimos a nível nacional ao longo desses últimos 30 anos. Não podemos falhar dessa vez também. É mais um embate? É!”, declarou.

“Nós não podemos permitir que esse caos se instale”, pontuou o presidente da Adial Brasil. E continuou: “Pessoal, não baixe a guarda. Nós precisamos contar com vocês que são líderes políticos. No dia a dia da condução política e organizacional do país, precisamos de vocês. Que vocês tenham muita consciência, tenham muita garra, e que saibam que o dia seguinte, com todas essas falácias que foram colocadas, é uma catástrofe em cada um dos municípios de Goiás, é uma catástrofe em todos os municípios do Brasil”, argumentou.

Ao encerrar sua fala, José Alves Filho agradeceu e parabenizou o governador Ronaldo Caiado, a bancada goiana na Câmara, os deputados estaduais e prefeitos presentes. E reforçou o pedido para que as lideranças contem sobre o tema. “Para isso não acontecer, precisamos muito do apoio de vocês”, concluiu.


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