Com capacidade para apenas 11,8 mil pessoas, o Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, que neste domingo (24) foi sede da convenção partidária do Partido Liberal (PL) e oficializou a candidatura do presidente Jair Bolsonaro à reeleição no pleito de outubro, não lotou. Na internet, vídeos e fotos mostram que evento, apesar de reunir milhares de pessoas, contou com assentos vazios.
Apoiadores do presidente, no entanto, justificam que os assentos vazios se encontravam atrás do palco. Além disso, também houve a justificativa de que a oposição realizou uma campanha na internet para esvaziar a convenção, incentivando as pessoas a adquirirem ingressos para o evento, que foram disponibilizados pelo PL pela internet, mas não irem no dia, fazendo com que a reunião se tornasse um “fiasco”.
Com isso, em suas redes sociais, o PL anunciou que iria permitir a entrada na convenção sem levar ingressos, com o objetivo de liberar a entrada até ocupar totalmente o local, e disponibilizar projetores para exibir a convenção para participantes que não conseguirem entrar, o que não aconteceu, já que o evento não lotou.
Enquanto isso, no evento, Bolsonaro lembrou dificuldades registradas em três anos e meio de governo. “Tivemos que enfrentar uma pandemia, uma guerra que não acabou ainda, uma seca como há muito não se via. Buscamos medidas para minorar o sofrimento do nosso povo. Alguns falam que eu não tenho olhado pelos mais pobres. Em 2020, quando falaram para todos ficarem em casa, eu disse para combatermos o vírus, mas sem destruir a nossa economia. Os informais foram obrigados a ficar em casa, para morrerem de fome”.
“Todo dia, quando me levanto, eu tenho uma rotina. Dobro meus joelhos e rezo um Pai Nosso. Peço que o povo brasileiro nunca experimente as dores do comunismo. Peço força para resistir e coragem para decidir. Por vezes, tento entender como cheguei até aqui. Neste país, quando acreditamos, os nossos sonhos tornam-se realidade”, disse Bolsonaro entre falas do seu discurso.
Além disso, Bolsonaro iniciou sua fala passando a palavra à primeira-dama, que agradeceu o apoio e as orações de todos. “A reeleição não é por um projeto de governo, é um propósito de libertação”, disse. Vale lembrar, porém, que em 2018, logo após ser eleito, Bolsonaro havia confirmado que não iria se candidatar a uma reeleição.
Entre os convidados presentes, estiveram o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), apesar disso, os filhos Carlos e Eduardo não compareceram. Somente Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro discursaram. A convenção começou com uma pregação religiosa e com o Hino Nacional.
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