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Ao longo das últimas semanas, alguns vereadores de Goiânia defenderam que a expansão urbana deve ser zerada, ou seja, retirada do projeto de atualização do Plano Diretor, afastando a possibilidade de influências na tramitação da matéria. Nos bastidores a avaliação feita é que as demais questões não seriam afetadas e o Plano não correria o risco de ser devolvido ou retirado pelo Executivo, como foi o caso do Código Tributário. No entanto, nos últimos dias, a proposta perdeu força e politicamente deve ser mantida no Plano Diretor.
O vereador Felizberto Tavares (PR) defende que a expansão urbana fosse zerada. “Essa é uma saída. Não podemos votar do jeito que veio. Tudo tem que ficar bastante esclarecido. Não podemos dizer que todo o trabalho dos técnicos foi desperdiçado, mas com certeza existe um percentual de ações que devem ser reavaliadas antes da votação”, declarou.
Felizberto discorda de algumas mudanças em relação a macrozonas rurais e urbanas e ainda têm dúvidas quanto a áreas destinadas a Polos Industriais de Desenvolvimento. O parlamentar tem preocupações do ponto de vista ambiental.
Da base do prefeito Iris Rezende, o vereador Denício Trindade (SDD), discorda de algumas mudanças nas macrozonas. Ele não concorda com o Parque dos Cisnes na região norte da capital, ser incorporada numa macrozona urbana, por conta dos possíveis impactos ambientais nas proximidades do lago do Ribeirão João Leite.
O líder do prefeito, Oseias Varão (Sem Partido), entende que não há necessidade de zerar a expansão urbana. Para ele, a Câmara precisa enfrentar a questão e debater a matéria. “
“Cabe à Câmara discutir. Se os vereadores encontrarem a necessidade de algum ajuste, naturalmente há abertura para isso. Estamos trazendo os técnicos para aprofundar as questões com os vereadores. Eu respeito alguns vereadores que manifestaram esse posicionamento, mas não concordo. O Plano está aqui na Casa para ser debatido pelos vereadores, com todas as suas dimensões. Não há qualquer razão para excluirmos algum aspecto do debate, inclusive esse” afirmou o líder do prefeito.
Politicamente, a reportagem apurou que há menos condições para que a expansão seja retirada. Parlamentares da base e da oposição manifestaram ao Diário de Goiás que a colocação feita por alguns vereadores foi precipitada.
Segundo a relatora da matéria na CCJ, vereadora Dra. Cristina (PSDB), o Plano Diretor não gera crescimento territorial na cidade.
“A proposta gera a regularização de alguma áreas, porque já existem áreas urbanizadas em Goiânia e que são classificadas como macrozona rural. Assim como ela também reverte algumas áreas que hoje são classificadas como urbanas para rural”.
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