19 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:30

Mesmo com crise no Senado, PEC do teto será votada neste ano, diz Temer

O presidente Michel Temer viaja à Ásia para encontros com líderes e empresários (Beto Barata/PR)
O presidente Michel Temer viaja à Ásia para encontros com líderes e empresários (Beto Barata/PR)

Mesmo com o risco de afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) do cargo, o presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira (7) que acredita que o Senado manterá o cronograma de votações da pauta governista.

Na saída de cerimônia de promoção de oficiais das Forças Armadas, realizada no Palácio do Planalto, o peemedebista afirmou que “seguramente” será apreciará na próxima terça-feira (13) o segundo turno da medida.

O otimismo do presidente, contudo, não é compartilhado por assessores e auxiliares presidenciais que, em conversas reservadas, reconhecem o risco da proposta ficar para o ano que vem.

Na segunda-feira (5), o primeiro vice-presidente Jorge Viana (PT-AC) avisou que não se comprometerá a manter a votação na terça-feira (13) se o STF (Supremo Tribunal Federal) confirmar o afastamento do presidente do Senado Federal, em julgamento marcado para esta quarta-feira (7).

Para evitar a saída de Renan, interlocutores de Michel Temer buscaram na terça-feira (6) ministros da Suprema Corte na tentativa de que seja alterado o rumo da votação do processo que determina que um réu ocupe cargos na linha sucessória do presidente da República.

A estratégia é convencer alguns dos seis ministros a alterarem seus votos, aprovando apenas que réu não pode ficar na linha sucessória presidencial, mas não seria afastado do cargo.

Caso não seja possível manter Renan, Temer pretende se reunir ainda nesta quarta-feira (7) com Viana. Além disso, auxiliares e assessores presidenciais já entraram em contato com o mercado financeiro para que o episódio seja desde já precificado e não afete as previsões para o ano que vem.

Militares

No dia seguinte à apresentação de reforma previdenciária que poupa a aposentadoria de militares, Temer fez elogios às Forças Armadas e disse que elas são “referência” para a sociedade brasileira.

“A ideia da ordem, hierarquia e uma certa liturgia serve de exemplo para toda a administração pública e para nossa formação social”, disse.

A primeira-dama Marcela Temer também participou da cerimônia ao lado do presidente, que contou com as presenças das mulheres de militares.

A avaliação interna no governo federal é que a participação da primeira-dama em solenidades e cerimônias presidenciais tem uma repercussão positiva nos veículos de comunicação e nas redes sociais, o que ajuda a melhorar a imagem da gestão peemedebista.

A equipe do presidente tem o aconselhado para que a primeira-dama participe de mais eventos públicos, mas ele ainda demonstra resistência.

Folhapress

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