15 de agosto de 2024
Brasil

Mercado financeiro muda expectativas sobre Bolsonaro após Reforma da Previdência, diz pesquisa XP

(Foto: Lula Marques)
(Foto: Lula Marques)

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A votação da reforma da Previdência, aprovada em primeiro turno na última quinta-feira (11/07) animou integrantes do mercado financeiro que passaram a ver com bons olhos o Governo do presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) e também com relação ao Congresso Nacional. É o que mostra a pesquisa realizada pela XP Investimentos entre os dias 11 e 12 de julho e divulgada nesta segunda-feira (15/07). Também houve uma aposta maior com relação às privatizações: se antes acreditavam que o Governo poderia lucrar 300 bilhões, agora a expectativa foi para 400 bi. As entrevistas foram realizadas com gestores de recursos, economistas e consultores.

83 investidores institucionais foram entrevistados nesta pesquisa. Se em maio, o governo Bolsonaro tinha um dos piores índices de aprovação, com apenas 14% dos investidores considerando que o presidente ia bem com 14% considerando seu governo “bom ou ótimo”, esta pesquisa mostrou que 55% do mercado considera que a sua administração deu uma guinada. O índice de 43% para “ruim ou péssimo” consequentemente caiu consideravelmente: a pesquisa mostrou que 12% ainda consideram que Bolsonaro não faz os melhores dos governos.

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Expectativa do mercado
A expectativa do mercado financeiro com relação a administração federal melhorou consideravelmente. Em fevereiro, quando a rodada de pesquisas da XP foi divulgada, a expectativa dos agentes do mercado era positiva: 86% acreditavam que o futuro da administração federal seria “ótimo ou bom”. Com as instabilidades apresentadas no governo ao longo dos meses e a demora na continuidade da pauta reformista da previdência, a expectativa na última pesquisa antes da divulgada hoje caiu para 27%. Agora, houve uma retomada no otimismo do mercado: 55% dos entrevistados voltam a ter uma boa expectativa com relação ao governo federal. 30% estão incertos e consideram o futuro “regular”. Apenas 14% tem uma expectativa “ruim ou péssima” com relação ao governo do presidente Jair Bolsonaro.

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Relacionamento: Governo x Congresso Federal
O levantamento divulgado também mostrou como o mercado financeiro considera que será o relacionamento do Governo Federal com o Congresso. Em maio, 71% dos entrevistados acreditavam que os tratos entre Jair Bolsonaro e os deputados ficariam como estava. Na pesquisa divulgada hoje, 65% permanecem com a mesma opinião: ficará como está. Em contrapartida, 16% considerava que poderia piorar. Hoje, os economistas imaginam que a relação piore um pouco mais: 23% deram essa resposta. O número também dá uma leve diminuída naqueles que pensavam que melhoraria: 13% na rodada de maio, 12% na publicada nesta segunda-feira.

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Avaliação do Congresso
O congresso também vai “bem, obrigado”, dentro da visão do mercado financeiro. Com a aprovação em primeiro turno da reforma da Previdência, o número subiu vertiginosamente. Em maio, 32% estavam otimistas considerando “ótimo ou bom”. Agora, 86% deles passam a considerar a atuação do Congresso com bons olhos: está “ótimo ou bom”. Se o número dos que aprovam a atuação dos deputados excelente, pouquíssimos consideram “ruim ou péssimo”: apenas 1% dos entrevistados.

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Reforma da Previdência
O mercado financeiro considerava em todas as rodadas divulgadas anteriormente pela XP que a expectativa de economia iria girar em aproximadamente 700 bilhões. No levantamento desta segunda-feira, eles foram mais otimistas: acreditam que poderá ficar na casa dos 850 bilhões em economia.

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A partir do momento que a reforma da Previdência for consumada, 57% dos entrevistados pensam que o correto é aproveitar a volatilidade para aumentar exposição ao Brasil. 25% consideram que seria melhor reduzir o risco, mudando a posição para benchmark. O levantamento também mostrou que 16% pretende proteger parte do risco Brasil e 2% iniciar posições vendidas.

A sondagem também considerou os principais tema sob os quais o mercado poderiam considerar em monitorar no 2º semestre: 39% dos entrevistados miram a retomada do crescimento, 33% acreditam que a prioridade seria a reforma tributária, 14% o mercado nacional, 13% as privatizações e 1% as companhias.

Em dezembro, a XP sondou com profissionais do mercado financeiro que a expectativa com relação às privatizações seriam de 200 bilhões de reais. De janeiro até maio, ficaram um pouco mais otimistas: 300 bi, segundo as sondagens. Na rodada de julho, já consideram R$ 400 bi em ganhos obtidos de privatizações.

 

 

 


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