25 de novembro de 2024
Economia

Mercado espera diretrizes para a ‘nova Petrobras’

Rio de Janeiro – Para que a publicação do balanço financeiro, prevista para esta quarta-feira, 22, funcione como uma “repactuação” entre a Petrobras e o mercado, como espera o governo, a companhia terá que avançar nas informações sobre seu futuro. Mais do que reconhecer os erros passados, o mercado espera que o novo presidente da empresa, Aldemir Bendine, apresente diretrizes concretas para a “nova Petrobras”, com informações sobre o plano de negócios dos próximos anos e de venda de ativos.

 

“Ninguém espera que haja uma grande mudança na empresa, mas que sejam apresentadas medidas viáveis para conter a alavancagem e o endividamento”, avalia o consultor Pedro Galdi. “Também deveriam ser anunciadas indicações sobre a venda de ativos, o preço internacional do petróleo e a cotação do câmbio”, completa.

 

No último encontro, em janeiro, ainda na gestão de Graça Foster, os diretores previam um corte de até 20% de investimentos e cotação internacional entre US$ 50 e US$ 70 por barril, com estabilização só no fim do ano. Já o câmbio ficaria numa média de R$ 2,85, valor já superado – a moeda americana fechou a R$ 3,02 na segunda-feira, pela cotação comercial.

 

Os temas deverão ser detalhados após a publicação dos dados financeiros, em entrevista coletiva com a nova diretoria da companhia – será a primeira manifestação formal dos executivos. Amanhã também está prevista uma teleconferência com investidores e analistas, quando Bendine deverá detalhar financiamentos de R$ 29 bilhões obtidos nas últimas semanas.

 

A divulgação do balanço está condicionada à aprovação do Conselho de Administração. A reunião do colegiado está marcada para às 11 horas, na sede da companhia, no Rio, e deverá terminar até as 16 horas, segundo a agenda pública do diretor de governança, João Elek.

 

Não há expectativa de que a reunião se prolongue, uma vez que integrantes da diretoria financeira discutiram a metodologia com alguns integrantes do colegiado. Os critérios de cálculos de perdas também foram debatidos previamente com a SEC e a CVM, órgãos reguladores do mercado nos EUA e no Brasil, respectivamente./ A. P.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Estadão Conteúdo)


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