25 de dezembro de 2024
Cidades

Mercadante diz que faltam faculdades de medicina em Goiás

Ao anunciar novas regras para cursos de medicina, o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou que o estado de Goiás é um dos locais onde tem poucos cursos de formação para novos médicos. O estado de Goiás é citado como referencia de tratamento médico em várias áreas e tem polos desenvolvidos como Ceres e Jataí, mesmo assim, existe uma falta muito grande de profissionais nas cidades de Goiânia e Aparecida de Goiânia para atender os usuários do SUS.

A UFG vai abrir um curso em Jataí. Nos murais da Associação Goiana dos municípios sempre se encontra cartazes informando sobre vagas para médicos em cidades de médio e pequeno porte, os valores de salário chegam a próximo de 20 mil reais mensais.

 

‘O balcão fechou’, diz ministro sobre curso de Medicina
O Globo 

MEC vai definir municípios que poderão ter novas vagas; prioridade é onde falta médico

BRASÍLIA O Ministério da Educação definirá os municípios onde poderão ser criados novos cursos de Medicina, acabando com o atual sistema em que as instituições de ensino pedem a licença e o governo se limita a autorizar ou não, baseado na qualidade do projeto.

Até abril, o MEC deverá lançar editais para selecionar faculdades interessadas em abrir cursos de Medicina nas cidades indicadas, com prioridade para regiões onde faltam médicos.

O novo sistema foi apresentado ontem pelo ministro Aloizio Mercadante. As regras valerão para instituições particulares e federais, já que as estaduais, como Uerj e USP, são reguladas pelos respectivos sistemas de ensino em cada estado.
O MEC analisará 51 pedidos de criação de cursos e 19 de ampliação de vagas já protocolados antes da mudança. Está em jogo a abertura de 6.096 vagas. O ministro adiantou, porém, que “a ampla maioria” dos pedidos será rejeitada. Depois disso, os editais serão a única forma de autorização de novos cursos. A ampliação de vagas em cursos já existentes poderá ser solicitada diretamente ao ministério, e será analisada com base nas novas regras.

– O balcão fechou – disse Mercadante, em entrevista coletiva.

A justificativa é que o atual modelo “não assegura o interesse público”, pois há estados com pouca oferta de vagas em cursos de Medicina e profissionais em número insuficiente, embora disponham de hospitais públicos e capacidade para formar médicos. Mercadante citou Bahia e Goiás como exemplos.

O Rio tem situação oposta, pois é o segundo estado do país com maior proporção de ingressantes em faculdades de Medicina em relação ao tamanho da população, com taxa de 1,44 vagas por 10 mil habitantes. O Rio está atrás somente de Tocantins (3,02 vagas por 10 mil), que recentemente criou vagas na rede estadual para suprir a falta de médicos. Diferentemente de Tocantins, o Rio é a segunda unidade da Federação com maior taxa de médicos: 3,44 por 10 mil, ante 3,46 do Distrito Federal. A média do Brasil é 1,8.

Embora a prioridade do novo modelo de autorização seja melhorar a qualidade e estimular a distribuição de médicos no país, Mercadante disse que Rio e Brasília poderão ser contemplados com editais para novos cursos. Uma das exigências será a de que ofereçam também residências médicas. Segundo Mercadante, a residência é uma etapa fundamental para fixar os médicos no local da graduação.


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