20 de novembro de 2024
Cidades

Menino que foi morto a pedradas era atendido no Creas de Aparecida de Goiânia

O garoto de 12 anos, morto a pedradas no Jardim Miramar, em Aparecida de Goiânia, foi identificado como Enilson Alves de Souza. Segundo a avó e responsável pelo menino, Maria José Fernandes, de 65 anos, ele estava desaparecido desde a última quinta-feira (8), quando deixou o Centro de Referência Especializada em Assistência Social (Creas), no Setor Independência Mansões, onde era atendido.

Segundo reportagem veiculada no jornal O Popular, a avó do garoto afirmou que ele tinha problemas mentais e era usuário de drogas. Ainda de acordo com ela, o último contato que teve com o neto foi na última quarta-feira (7), quando ocorreu uma festa no Creas para comemorar, antecipadamente, o Dia da Criança. Ela afirmou que ao chegar em casa recebeu uma ligação de uma funcionária do local, avisando que Enilson havia saído sem permissão e pedindo para que ela ligasse assim que o garoto retornasse para casa, mas ele não voltou.

De acordo com Maria José, o menino voltou para o Creas no outro dia com o rosto arranhado e o nariz quebrado, mas fugiu novamente.

A avó foi informada da morte do neto por uma profissional do Creas que esteve no Instituto Médico Legal (IML), na tarde de ontem (12), e reconheceu a vítima. Segundo ela, ao chegar no local ainda tinha esperanças de que o garoto morto não fosse o seu neto.

Maria José não pôde fazer o reconhecimento do corpo da criança por não ser parente de primeiro grau e estava em busca de algum documento para retirar o corpo do garoto do IML. Avó paterna do menino, ela afirmou que a mãe de Enilson o abandonou com cinco meses e o pai, morreu em um acidente quanto ele tinha três anos. 

Segundo Nilsinei Borges, psicóloga do Creas, Enilson era uma criança inquieta e que não aderia aos acompanhamentos propostos. De acordo com ela, o primeiro atentimento do garoto ocorreu em agosto de 2014, por um denúncia espontânea de Maria José. Ela ainda afirmou que foi pedida uma avaliação psiquiátrica do menino, que não foi realizada. “Quando a gente fazia as visitas na casa, ele saía. Ele não aderia a acompanhamento nenhum. A avó que sofria, que vivia atrás dele”, disse a psicóloga. 

Maria José disse que o neto sempre foi “custoso”. “Eu lutei muito, sem a ajuda de ninguém. Mas ele se envolveu com coisas erradas e acabou desse jeito”, lamentou a avó. 


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