07 de agosto de 2024
"Provas"

Membros do MBL e Arthur do Val teriam armado para que o padre Julio Lancellotti fosse acusado de pedofilia

Denuncia foi divulgada pela Revista Piauí, que entrevistou dois ex-integrantes do movimento
Arthur do Val ainda não se manifestou sobre reportagem. (Foto: reprodução)
Arthur do Val ainda não se manifestou sobre reportagem. (Foto: reprodução)

A equipe do ex-deputado estadual Arthur do Val e alguns membros do MBL (Movimento Brasil Livre) teriam tentado fabricar “provas” para acusar o padre Julio Lancellotti por pedofilia. Quem trouxe o caso à tona foi a Revista Piauí que divulgou informações repassadas por dois ex-militantes do MBL. Segundo o engenheiro Fernando Dainese e o relações-públicas Lucas Studart, um assessor parlamentar de Arthur do Val, chamado Guto Zacarias, começou situação criando um perfil falso no Facebook para acusar o padre.

Armação teria sido feita ainda em 2020, quando Zacarias, com 21 anos, teria criado um perfil fake de 16 anos na rede social, para trocar mensagens com um perfil de Julio Lancellotti, que também não se tratava do verdadeiro.

Vale lembrar que, o ex-deputado, que diz que foi cassado pelo sistema após hiper-sexualizar mulheres que estava sofrendo na guerra da Ucrânia, ofendeu o padre e chegou a chamar Lancellotti, nas redes sociais, de “cafetão da miséria”, “deplorável”, e em entrevistas que iria “desmascarar” o padre.

A reportagem lembrou, inclusive, que em 10 de setembro de 2020, mesma época das falas polêmicas e da suposta criação do perfil fake, do Val disse à rádio Jovem Pan: “Não pode falar do padre Julio Lancellotti, aquele tranqueira lá. Eu vou desmascarar esse padre, inclusive. Pode cortar esse trecho e guardar: eu vou desmascarar esse padre”.

Fernando Dainese e Lucas Studart afirmam, ainda, que a estratégia foi pensada por Renan Santos, fundador do MBL. A assessoria do MDB nega que Do Val e Renan Santos tenham criado um perfil falso. “São acusações falsas de desafetos bolsonaristas”, disse Israel Russo, chefe de comunicação do MBL, para se referir aos ex-membros.

O padre Julio, procurado pela reportagem negou que tenha trocado as mensagens e o advogado dele, Luiz Eduardo Greenhalgh, também afirmou à Piauí que todo o conteúdo foi manipulado. Já Arthur do Val, ainda não se manifestou sobre a reportagem.


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