16 de outubro de 2024
RECONHECIMENTO E INCENTIVO

Meliponário em escola pública de Aparecida recebe prêmio nacional do Sebrae

Unidade municipal de Ensino Fundamental também foi campeã nas etapas Estadual e da Região Centro Oeste do Prêmio Educador Transformador
Projeto envolveu comunidade escolar e agora venceu prêmio nacional - Foto: Secom Aparecida / Wigor Vieira
Projeto envolveu comunidade escolar e agora venceu prêmio nacional - Foto: Secom Aparecida / Wigor Vieira

A Escola Municipal Terra Prometida, em Aparecida de Goiânia, voltada para o Ensino Fundamental, conquistou o 3º lugar nacional do Prêmio Educador Transformador. O concurso é promovido pelo Sebrae, Instituto Signficare e Bett Brasil. O trabalho premiado foi o “Meliponário na Escola: Protegendo as Polinizadoras e o Meio Ambiente”, um projeto transversal que uniu o contato com abelhas-sem-ferrão e as disciplinas normais.

A premiação teve quase 3,5 mil inscrições de acordo com a divulgação pela Prefeitura de Aparecida. O foco é valorizar e divulgar projetos e educadores transformadores de diferentes localidades do Brasil.  O concurso premiou os melhores projetos pedagógicos de sete categorias diferentes realizados por escolas públicas e particulares de todo o Brasil.

Meliponário em escola recebe prêmio

A Escola Municipal Terra Prometida, que fica no Parque Industrial Santo Antônio, venceu as etapas Estadual, Regional e Nacional. A instituição concorreu na categoria 1ª fase do Ensino Fundamental.

“Nosso trabalho reúne aspectos pedagógico e social. Além de ser um projeto empreendedor, ele contribui com a conscientização das pessoas quanto à importância das abelhas na manutenção da vida no nosso planeta”, comentou a diretora da instituição escolar, Leomara Aquino.

Idealizadora do projeto, a professora Wanessa Ranielle Rodrigues Trajano Costa, festejou o reconhecimento. De acordo com ela, o prêmio abre portas para que a escola amplie a mensagem sobre a importância da proteção das abelhas-sem-ferrão no Brasil.

“Descobrimos numa área que seria integrada à escola um ‘ninho’ de abelhas Jataí. Conversamos com o pessoal da obra e, de forma segura, levamos as crianças para conhecer o local. Todas ficaram encantadas e daí surgiu o projeto”, explica.

Wanessa destaca também que, aos poucos, foi quebrando o medo dos alunos, que acreditavam que todas as abelhas são perigosas. Começava um processo de conscientização.

“Nossas crianças, 450 ao todo, já estão se conscientizando da importância desse projeto por meio dos processos de aprendizagem, com a vivência do meliponário dentro da escola, e o prêmio vai nos ajudar a levar mais longe nossa mensagem para que as abelhas tenham proteção. Tratamos de vários temas com as crianças, desde a importância para o meio ambiente até a sustentabilidade econômica”, explicou.

Livro escrito na escola

O projeto está inserido no planejamento educacional das crianças, nas aulas de ciências (como foco na polinização e a produção de alimentos), produção de texto na disciplina de Português, nas aulas de Matemática com elaboração de estatísticas e gráficos. Com apoio da escola, os professores escreveram um livro sob o ponto de vista do resgate das abelhas com informações científicas, mas de forma lúdica.

Dos projetos inscritos em Goiás, duas escolas municipais de Aparecida de Goiânia foram classificadas na etapa estadual. A Escola Municipal Joana Angélica Rissaris Paganin, no setor Santa Luzia, classificou-se na terceira posição na categoria Educação Infantil com o seu projeto “Colo com Leitura: a importância da família no mundo encantado dos livros”.

O que é meliponário

Meliponário é uma colônia de abelhas sem ferrão, geralmente no formato de caixas retangulares de madeira. Na escola, o abrigo foi construído no fundo da unidade escolar em espaço devidamente decorado com o objetivo de atrair o interesse das crianças.

O lançamento do espaço foi acompanhado pelos alunos e professores e também por pais da unidade escolar. As abelhas foram resgatadas dos escombros de uma casa demolida, cuja área passou a fazer parte do terreno da escola.

O projeto foi inserido ainda no Programa Agrinho, uma iniciativa do Governo do Estado voltado para as escolas das redes pública e privada, que buscam desenvolver atividades com vistas a estimular a melhoria da relação dos homens com o meio ambiente.


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