Dados divulgados pela Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito de Goiânia (Dict) apontam redução do número de óbitos de 2017 para 2018 em todo o Estado. De acordo com a Dict, em 2017 foram registradas 1.314 vítimas fatais no trânsito em Goiás, e em 2018, o número caiu para 761, até o momento.
Já em relação ao número de vítimas de lesões corporais, só na capital, no ano passado, foram registradas 4.373 vítimas, e em 2018, já foram 1.640, até o dia 15 de agosto. No estado, o número total, em 2017, foi de 12.414, e neste ano, 7.296.
De acordo com a titular da Dict, Nilda Andrade, o número de mortes tem diminuído pois as pessoas estão se recuperando mais. “Antes as pessoas morriam por omissão de socorro, hoje em dia, hospitais como o Hugo oferecem um melhor atendimento, o que leva a menos mortes”, disse ela.
Segundo o diretor-geral do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Dr. Ciro Ricardo Pires de Castro, o atendimento da unidade se tornou mais eficiente e eficaz pois funciona como uma corrente, e cada elo exerce sua função de forma dinâmica desde o socorro pré-hospitalar. “Temos equipes de atendimento multiprofissional, integradas, realizamos exames de imagem, cirurgias, e isso começa no socorro do Samu, que estabiliza a vítima, e ela chega ao hospital já com mais chances”, afirmou.
Em relação as lesões corporais, conforme explicação do diretor-geral do Hugo, cerca de 75% das cirurgias realizadas no hospital são para o atendimento de traumas, de trânsito ou agressões interpessoais. Dos traumas de trânsito, os mais frequentes são os casos envolvendo motociclistas e as fraturas expostas de membros inferiores. Nos motoristas de carros, os casos mais comuns são fraturas de bacia e fêmur.
Mesmo com a queda no número de mortes em acidentes de trânsito, a delegada Nilda Andrade faz um alerta para a imprudência dos condutores. Segundo ela, o excesso de velocidade é a principal causa dos acidentes em Goiânia. “Todo acidente deriva de uma imprudência. É preciso mais consciência, mais tolerância, e que cada um faça a sua parte. Não é só diminuir o número de mortes, existem muitas pessoas sequeladas após acidentes e isso às vezes é até pior que a morte”, afirmou.
DADOS SOBRE MORTES NO TRÂNSITO EM GOIÂNIA
ANO | NÚMERO DE VÍTIMAS FATAIS | VÍTIMAS QUE ESTAVAM EM MOTOCICLETAS (CONDUTORES E/OU PASSAGEIROS) | NÚMERO DE ACIDENTES/VÍTIMAS ENVOLVENDO ÔNIBUS DO TRANSPORTE COLETIVO | NÚMERO DE VÍTIMAS ATROPELADAS |
2012 | 318 | SEM INFORMAÇÃO | SEM INFORMAÇÃO | SEM INFORMAÇÃO |
2013 | 269 | 70% DAS VÍTIMAS | 15 | 59 |
2014 | 290 | 74% DAS VÍTIMAS | 14 | 84 |
2015 | 238 | 72% DAS VÍTIMAS | 27 | 39 |
2016 | 244 | 74% DAS VÍTIMAS | 11 | 42 |
2017 | 194 | 62% DAS VÍTIMAS | 08 | 44 |
2018 – ATÉ 15/08/2018 | 118 | 70% DAS VÍTIMAS | 02 | 19 |
VÍTIMAS FATAIS
GOIÁS | |
2017 | 2018 |
1.314 | 761 |
VÍTIMAS DE LESÕES CORPORAIS
GOIÂNIA | GOIÁS | ||
2017 | 2018 | 2017 | 2018 |
4.373 | 1.640 | 12.414 | 7.296 |
MOTOCICLISTAS
2015 | 128 motociclistas |
2016 | 131 motociclistas |
2017 | 111 motociclistas |
2018 | 62 motociclistas |
HORÁRIO EM QUE OS ACIDENTES MAIS OCORREM:
- 1° Lugar: das 17h até às 20h (início da noite)
- 2° Lugar: das 8h até às 11h (manhã)
- 3° Lugar: das 5h até às 8h (final da madrugada)
DIA DA SEMANA EM QUE OS ACIDENTES MAIS OCORREM:
50% dos acidentes – Final de semana
IDADE DAS VÍTIMAS:
36% das vítimas têm entre 18 e 35 anos de idade
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