A uma semana das eleições municipais, os candidatos aceleram o ritmo de suas campanhas e colocam suas propostas à mesa. A reportagem do Diário de Goiás foi atrás de todos os prefeitáveis ao Paço Municipal em Goiânia e fez a todos uma mesma pergunta: “Qual a prioridade do candidato para a melhoria da qualidade de vida e do desenvolvimento de Goiânia?”. Onze dos quinze candidatos responderam à redação. Não responderam Alysson Lima (Solidariedade), Cristiano Cunha (PV), Gustavo Gayer (DC) e Vinicíus Gomes (PCO). A mesma questão também foi apresentada aos postulantes em Anápolis e Senador Canedo.
A delegada Adriana Accorsi (PT), Manu Jacob (PSOL), Maguito Vilela (MDB) e Samuel Almeida (Pros) tem propostas específicas voltadas à educação e acreditam que a melhoria da qualidade de vida para o povo goianiense, perpassam por investimentos na área. “Enquanto prefeita e com o professor Pedro Wilson como vice-prefeito vamos zerar o déficit de vagas nos CMEI’s. Nosso lema é Nenhuma Criança fora CMEI e da Escola”, pontuou a petista. A vereadora Cristina Souza (PL) também destaca que em seu governo priorizará uma educação e saúde justa para um futuro melhor para os goianienses e que ambos os eixos promoveram melhor justiça social.
“Outra necessidade básica que hoje é um problema latente é a da falta de vagas em Cmeis. Conseguindo proporcionar uma melhor qualidade de vida para as crianças, automaticamente, melhoramos a vida dos pais”, pontua o ex-secretário de Íris, Samuel Almeida que também tem como foco propostas para desafogar o trânsito na capital goianiense.
O senador Vanderlan Cardoso (PSD) tem alguns eixos para a melhoria da qualidade de vida do goianiense: as regionais administrativas que pretendem dirimir os possíveis problemas que os moradores da capital tenham de solucionar. “Vejo como essencial para melhorar a vida das pessoas são as regionais administrativas, que vão aproximar os serviços da prefeitura da casa do cidadão. Ali, ele vai poder ser recebido no Atende Fácil, pedir a poda de uma árvore, sinalização de trânsito e ser atendido nos Centros de Especialidades Médicas e Odontológicas.”
Outro destaque é o reforço do programa Saúde da Família. “E com a expansão do Programa Saúde da Família a 100% das áreas mais necessitadas, com atendimento multidisciplinar e humanizado, e assistência social eficiente, a qualidade de vida das pessoas vai entrar em um novo momento”, pontua.
Seu principal concorrente, o candidato do MDB, Maguito Vilela também tem propostas para a saúde com a criação de um Hospital Municipal para Goiânia. “Na prestação de serviços, o projeto de Maguito Vilela prevê investir maciçamente em saúde e educação de qualidade. Para isto, o candidato propõe criar um Hospital Municipal e os centros regionais de especialidades médicas”, pontua.
O candidato pelo PSL, Major Araújo também pretende focar na saúde em sua gestão, além do transporte público. “[A gestão] que será focada na melhoria da qualidade de vida do goianiense, construindo um centro de diagnósticos focado na prevenção de doenças e melhora da saúde do cidadão, no atendimento médico à estudantes nas escolas e na promoção de diversas outras propostas como a implantação do metrô em Goiânia, que permitirá a remoção dos Eixo Anhanguera e BRT norte/sul, devolvendo as vias para os carros, pedestres e ciclistas.”
O deputado estadual Elias Vaz pretende diminuir as injustiças e desigualdades sociais existentes na capital. “Outro pilar importante é buscar o desenvolvimento que priorize a distribuição de renda e o combate à desigualdade. É preciso promover uma cidade mais justa para todos. E entre as ações que iremos implantar estão incentivos fiscais para micro e pequenos empresários e o fortalecimento do cooperativismo, um modelo econômico que gera emprego e renda e distribui renda, resultando em mais igualdade”, pontua.
Confira as respostas enviadas pelos candidatos na íntegra:
Antônio Neto (PCB) – Para melhorar a qualidade de vida e o desenvolvimento de Goiânia é fundamental superar a lógica da cidade como mercadoria, para tanto temos que barrar a expansão da mancha urbana que só atende aos especuladores ocupando os vazios urbanos com moradias populares, parques, praças, espaços de lazer públicos e manter um cinturão verde no entorno da cidade, além de mais áreas verdes. Também é preciso libertar as instituições e políticas públicas das amarras dos grandes grupos empresariais, mediante o protagonismo da classe trabalhadora para a desmercantilização da saúde, da educação, do livre direito de ir e vir, de morar e de todas as condições necessárias para o bem viver que são direitos da população e obrigação do Estado. Além de incentivar a economia popular com cooperativas de trabalhadores.
Delegada Adriana Accorsi (PT) – Temos várias prioridades para melhorar o munícipio de Goiânia. Enquanto prefeita e com o professor Pedro Wilson como vice-prefeito vamos zerar o déficit de vagas nos CMEI’s. Nosso lema é Nenhuma Criança fora CMEI e da Escola. Nosso plano de governo foi construído democraticamente ouvindo a população e tem propostas em todas as áreas. Outros dois grandes problemas que queremos resolver é melhorar o atendimento na saúde e no transporte público da nossa querida capital, trazendo dignidade e respeito a nossa comunidade.
Elias Vaz (PSB) – O desenvolvimento e qualidade de vida estão pautados em pilares fundamentais. O primeiro é que é preciso haver o desenvolvimento com sustentabilidade, com uma perspectiva de atender a toda a sociedade e não apenas a uma parcela da população. Significa ter ordenamento urbano equilibrado, que não esteja submetido ao interesse econômico, mas considerando a questão ambiental e o bem estar da coletividade.
Outro pilar importante é buscar o desenvolvimento que priorize a distribuição de renda e o combate à desigualdade. É preciso promover uma cidade mais justa para todos. E entre as ações que iremos implantar estão incentivos fiscais para micro e pequenos empresários e o fortalecimento do cooperativismo, um modelo econômico que gera emprego e renda e distribui renda, resultando em mais igualdade.
Dra. Cristina (PL) – A prioridade para a melhoria da qualidade de vida e do desenvolvimento de Goiânia são as pessoas. Devemos focar nas necessidades das pessoas, em termos de serviços e obras que o município pode e deve fazer, além da redução das desigualdades, sejam geográficas, culturais, intelectuais ou econômicas. Precisamos tornar a sociedade menos desigual, garantindo acesso a serviços de qualidade, sobretudo na Saúde e na Educação.
Fábio Júnior (UP) – Acreditamos que a cidade deve ser de desfrute daqueles que realmente a constroem cotidianamente, isto é, a classe que trabalha, que produz, mas que infelizmente é privada do pleno acesso ao básico. Por meio da Reforma Urbana, poderemos reduzir a desigualdade, o desemprego e diversas outras injustiças, promovendo um desenvolvimento urbano igualitário. Então, investiremos na infraestrutura da cidade, no aproveitamento dos espaços públicos e no acesso pleno ao emprego. Viabilizaremos na periferia postos de empregos que, via de regra, se encontram nos centros urbanos. Destinaremos imóveis vazios na região central para fins de moradia popular. Trata-se, antes de tudo, de garantir o direito à moradia, ao emprego, ao saneamento, à saúde, aos CMEI’s, ao transporte público de qualidade, etc.
Maguito Vilela (MDB) – Qualidade de vida é uma percepção construída com base em vários fatores, muitos deles objetivos (existem indicadores para medir isto), outros subjetivos. Desenvolvimento é uma meta permanente, não importa a situação em que uma cidade ou estado se encontrem. O fato é que Goiânia hoje é uma cidade que entrega bons índices de qualidade de vida para seus cidadãos (nosso Índice de Desenvolvimento Humano está entre os 50 melhores do País), na maioria das áreas, e vive um processo acelerado de desenvolvimento, especialmente na infraestrutura urbana e prestação de serviços de qualidade. Graças à gestão responsável do MDB, liderada pelo prefeito Iris Rezende.
Este cenário nos coloca diante do bom desafio de promover um novo salto de desenvolvimento, que implica em gerar mais oportunidades de trabalho e renda, bem como avançar na prestação de serviços públicos. No primeiro eixo, que é o econômico, Maguito Vilela defende uma política de industrialização da nossa capital, atraindo investimentos, especialmente em indústrias de alto impacto tecnológico, agregando valor ao que é produzido aqui. Para isto, Maguito Vilela propõe criar pólos industriais, como fez em Aparecida de Goiânia, cidade que em oito anos saiu de pouco mais de 6 mil CNPJs ativos para mais de 34 mil durante suas gestões. Goiânia pode e deve ser o grande centro de negócios do Centro-Oeste brasileiro e para isto é importante conectar nossa capital ao mundo, internacionalizando Goiânia como um polo da agroindústria, especialmente no que diz respeito à fabricação e comercialização de tecnologias para o setor. Isto vai gerar empregos de qualidade, oportunizar novos negócios e elevar a remuneração média do trabalhador da nossa capital.
Na prestação de serviços, o projeto de Maguito Vilela prevê investir maciçamente em saúde e educação de qualidade. Para isto, o candidato propõe criar um Hospital Municipal e os centros regionais de especialidades médicas. A pandemia impôs a necessidade de se modernizar a rede municipal de ensino, investindo em tecnologia e melhor infraestrutura para alunos e professores. É preciso também ampliar as vagas em CMEIs, para assegurar a tranquilidade das famílias que trabalham fora e a meta de Maguito é zerar o déficit em quatro anos. Tudo isto tem que vir conjugado com a continuidade das obras de infraestrutura urbana, dentre as quais se destacam a proposta de fazer o novo traçado da BR-153, e também com opções de lazer. Construção de novos parques, a manutenção dos atuais e das praças e construção de mais praças de lazer, especialmente nos bairros mais periféricos, também constam no plano de governo.
Manu Jacob (PSOL) – Nossa prioridade neste primeiro momento é a retomada econômica com o foco em salvar vidas. Caso haja vacina vamos dar a batalha para disponibilizar para toda população principalmente para as pessoas dos grupos de risco incluindo os trabalhadores e trabalhadoras da educação e saúde. Ou seja a saúde e a vida das pessoas em primeiro lugar.
Na virada do ano vamos enfrentar uma grande crise econômica com altas taxas de desemprego e a situação piora com o fim do auxílio emergencial. Pretendemos criar um programa de renda mínima com fundo da prefeitura e com diálogo com o governo federal e União para socorrer as famílias que estão na linha da miséria. O Cadastro Único será o começo para identificarmos estas famílias.
Para socorrer os pequenos e médios comerciantes, que por sinal ficaram a deriva com a crise sanitária e econômica, temos a proposta de liberação de linhas de crédito com juros baixos e isenção do IPTU.
A qualidade de vida da população depende de comida na mesa e de renda e não vamos medir esforços para isso. Porém questões como mobilidade humana, acesso das pessoas a cidade, acesso aos bens culturais, uma cidade mais segura também são fatores que influenciam na qualidade de vida das pessoas e nós temos propostas específicas para cada setor, colocando as demandas da periferia, dos trabalhadores e trabalhadoras que constroe essa cidade no centro da gestão.
Major Araújo (PSL) – A prioridade será o enxugamento da máquina pública, com redução do número de comissionados e dos aluguéis exorbitantes pagos pela prefeitura para secretarias e outros órgãos que podem ser transferidos para lugares onde o aluguel tenha um custo menor. Com essa economia será possível melhorar a minha gestão já nos primeiros meses, que será focada na melhoria da qualidade de vida do goianiense, construindo um centro de diagnósticos focado na prevenção de doenças e melhora da saúde do cidadão, no atendimento médico à estudantes nas escolas e na promoção de diversas outras propostas como a implantação do metrô em Goiânia, que permitirá a remoção dos Eixo Anhanguera e BRT norte/sul, devolvendo as vias para os carros, pedestres e ciclistas.
Samuel Almeida (PROS) – Goiânia precisa de uma gestão com foco nas pessoas, pautada por ações imediatas, simples e viáveis. Vamos dar continuidade às obras que estão em andamento e as que não forem finalizadas. Vamos pensar em uma obra de um anel viário em Goiânia que possa desafogar pelo menos uma parte do trânsito. Outra necessidade básica que hoje é um problema latente é a da falta de vagas em Cmeis. Conseguindo proporcionar uma melhor qualidade de vida para as crianças, automaticamente, melhoramos a vida dos pais. O transporte coletivo também é uma questão muito importante e que merece nossa atenção. Este sistema, como funciona atualmente, está falido. Precisamos de um novo modelo e esse planejamento deve ser feito junto com especialistas. A prioridade na minha gestão será o cidadão, para transformarmos juntos Goiânia em uma cidade planejada, solidária, dinâmica e competitiva e consequentemente a melhor do Brasil para se viver. As pessoas precisam de todo suporte em economia, saúde, educação e transporte, as chamadas fraturas expostas da cidade. Porque, quando o município oferece serviços com qualidade isso reflete na qualidade de vida da população.
Talles Barreto (PSDB) – DISTRIBUIÇÃO DE RENDA. Esta é a demanda do momento e o compromisso do PSDB. E não se trata apenas do Cartão Alimentação: Pessoas, empresas – todos, precisam de sobreviver ao pós pandemia ao pós crise econômica.
Como? Com políticas sociais profundas que realmente transformem as relações sociais e econômicas, como são todos os projetos do PSDB e de nossa proposta.
Exemplo: A tarifa social no transporte, com passagem a 2 reais. Diminuindo a despesa das famílias, significa distribuição de renda. Diminuindo o peso do vale transporte significa menor custo de produção e manutenção do emprego. Subsidiando a passagem mediante índices de qualidade significa transporte eficiente com qualidade de vida para as pessoas. Tornando o coletivo mais atrativo significa tirar carros das ruas e viabilizar o trânsito, a mobilidade.
Vanderlan Cardoso (PSD) – Nossa principal proposta é cuidar das pessoas. E isso se faz com desenvolvimento social e econômico. Com a implantação dos polos de desenvolvimento em todas as regiões da cidade, vamos levar emprego e renda e dar às pessoas a oportunidade de trabalhar perto de casa.
Outra proposta que vejo como essencial para melhorar a vida das pessoas são as regionais administrativas, que vão aproximar os serviços da prefeitura da casa do cidadão. Ali, ele vai poder ser recebido no Atende Fácil, pedir a poda de uma árvore, sinalização de trânsito e ser atendido nos Centros de Especialidades Médicas e Odontológicas.
E com a expansão do Programa Saúde da Família a 100% das áreas mais necessitadas, com atendimento multidisciplinar e humanizado, e assistência social eficiente, a qualidade de vida das pessoas vai entrar em um novo momento. E uma gestão nova se faz assim, com investimentos em todas as áreas.
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