O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vai se reunir com deputados da base aliada do governo na próxima segunda-feira (3) para defender a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que estabelece teto para os gastos públicos.
Neste primeiro encontro, o ministro conversará com 50 deputados na residência oficial da Presidência da Câmara. Ao todo, serão quatro reuniões. As outras três serão com economistas.
Como publicou a Folha de S.Paulo, o presidente Michel Temer decidiu comandar pessoalmente a ofensiva para garantir a aprovação da proposta que gera polêmica até mesmo na base aliada, responsável por parte das 22 emendas que pretendem flexibilizar o texto defendido pelo governo.
O peemedebista adotou na terça-feira (27), em jantar com líderes que o apoiam, o discurso de que as novas regras vão proteger investimentos em saúde e educação, e não o contrário, como acusam opositores do Planalto.
Em reunião entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o líder do governo na Casa, André Moura (PSC-SE), nesta quarta-feira (28), ficaram acertadas as datas de votações de projetos da área econômica tidos como prioridade para Temer. A expectativa é que as atividades no Legislativo se normalizem após o primeiro turno das eleições municipais, que ocorrem neste domingo (2).
Entre segunda e terça-feira (4), o plenário da Câmara deve votar o projeto que flexibiliza as regras para ampliar a participação privada no pré-sal. Na quarta (5), a expectativa é votar a repatriação de recursos no exterior. O governo deve permitir que os parlamentares façam as alterações que pretendem para evitar novo desgaste.A ideia é focar toda a artilharia do Planalto na aprovação da PEC do teto. O relatório da proposta será votado na comissão especial que analisa o tema na quinta-feira (6). O governo quer fazer a primeira votação do texto em plenário nos dias 10 e 11 de outubro, para que siga para o Senado até o início de novembro.
(Folhapress)
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