23 de dezembro de 2024
Rumos econômicos

Meirelles admite necessidade de furar o teto, mas faz ressalva: “Precisa ter limite”

"É clara a necessidade de o Congresso autorizar uma excepcionalidade", disse o ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda
Henrique Meirelles durante participação no Lide Brazil Conference (Foto: Reprodução/Instagram)
Henrique Meirelles durante participação no Lide Brazil Conference (Foto: Reprodução/Instagram)

Presidente do Banco Central durante o governo Lula (PT) e ministro Fazenda ao longo da gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB), Henrique Meirelles (União Brasil) admitiu, nesta terça-feira (15/11), a necessidade de furar o teto de gastos, mecanismo criado por ele em 2016.

“Mesmo antes de assumir, o novo governo enfrenta o desafio de negociar um Orçamento que, claramente, não reflete hoje as reais necessidades do País. Um Orçamento em que não constam despesas necessárias, óbvias e fundamentais, como a manutenção do Auxílio em R$ 600”, escreveu Meirelles em uma rede social.

“É clara a necessidade de o Congresso autorizar uma excepcionalidade, uma licença para que o governo gaste acima do que está aprovado, em 2023. Mas essa licença precisa ter limite para que ela possa funcionar”, acrescentou.

De acordo com Meirelles, que comentou sobre o assunto no Lide Brazil Conference, em Nova York, “criar uma excepcionalidade não é simplesmente subir despesas previstas e ficar quieto” e “entender onde e quanto cortar despesas será fundamental para o país”.

Na semana passada, o ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda havia se mostrado pessimista com os rumos econômicos de Lula, que ele apoiou nas eleições, durante participação em um evento promovido pelo BTG Pactual para clientes do banco. “Só posso dizer uma coisa a todos vocês: boa sorte”, afirmou.


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